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A criança como prioridade
11/10/2006
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), trabalhar com programas e projetos de estímulos ao desenvolvimento infantil com famílias em situação de pobreza produz um benefício muito grande para suas crianças e aumenta as oportunidades delas na vida.
O Movimento de Organização Comunitária através de uma ação conjunta dos programas de Fortalecimento da Agricultura Familiar e Criança e Adolescente, capacitou 49 jovens que atuam como multiplicadores de assistência rural em nove municípios da Região Sisaleira para que eles possam intervir de forma qualificada na realidade local na linha de Direitos da Criança e do Adolescente.
Os municípios contemplados são Quijingue, Riachão do Jacuípe, Conceição do Coité, Serrinha, Retirolândia, Araci, Santa Luz, Ichu e Barrocas. Sensibilizados,os jovens têm aumentado a participação social nos espaços sócio-políticos de exercício e garantia dos direitos.
No primeiro módulo da oficina, realizado no mês de agosto, os participantes foram orientados a identificar nos seus municípios quais as linhas de ação desenvolvidas na área da infância. Hoje, dois meses depois, percebe-se o interesse dos multiplicadores em fazer essas ações caminharem. Para o jovem de Araci, José Marcos Oliveira, as atividades desenvolvidas no município precisam de mais apoio do poder público. Segundo ele, a maior dificuldade é identificar como trabalhar a questão do trabalho infantil com as famílias, que após 10 anos de programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) na região, ainda acreditam que o trabalho infantil ajuda na renda.
De acordo com Abimael Passos, técnico agrícola, é importante o monitoramento do trabalho observando o nível de participação dos jovens nos espaços de discussão.
Durante a apresentação das informações obtidas, o que se observou foi a segurança e o empenho dos jovens em tentar melhorar a comunidade. Orgulhosos com o trabalho, eles falam das intervenções para impedir a exploração do trabalho infantil e das cobranças feitas aos conselhos tutelares.
A partir dos dados registrados, Eliana Carneiro, responsável pela capacitação, ressaltou a importância da formação de uma rede integrada por atores sociais afim de que juntos, a comunidade, os conselheiros, assistentes sociais e demais atores possam buscar a garantia dos direitos.
Emocionada, Eliana parabenizou os participantes por terem assimilado que a criança e o adolescente devem ser vistos como sujeitos de direitos e como prioridade para os municípios.