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SÃO JOÃO - A Grande Festa do Nordeste
19/06/2015
O mês de junho é marcado na região do semiárido baiano por muita alegria e comemorações, devido aos festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro. É um período de muita fartura, muito forró, muitas brincadeiras e comidas típicas. Junho é o mês das fogueiras, das quadrilhas e dos muitos arraiás que acontecem pelo Sertão afora. Um importante momento de resgate da cultura e das tradições. O MOC deseja a todos muita alegria e feliz festejos juninos!!
São João é tempo de festa
Tem quadrilha, animação,
Tem canjica, tem pamonha,
Milho verde, requeijão
E durante o mês de junho
No Nordeste é tradição.
São João tem que manter
A festança no arraiá,
A adivinhação, a pamonha,
A canjica, o mungunzá,
O casamento matuto
E o arrasta pé até suar.
A música que escutamos:
Baião, xote, forró.
Há alegria todo o ano
E cada vez fica melhor;
A fogueira sempre acesa
E é difícil ficar só.
Dançar quadrilha em junho
É divertido demais:
Tem Lampião e cigana,
Príncipe, noivo, capataz,
Padre, juiz, sinhá-moça,
Criança, moça, rapaz,
Rainha do milho, matuto,
Cangaceiro e soldado,
Princesa, Maria Bonita,
Um coronel irritado,
Camponesa, marinheiro;
É dança pra todo lado.
A turma vai ao ensaio
Pra melhor se apresentar
O coronel é quem comanda,
Faz a fazenda dançar
Com xote, xaxado, baião
E se olha a fogueira queimar.
A quadrilha é uma festa
Dançada no São João
Todo o povo é feliz
Arrastando o pé no chão
Durante o dia inteiro
Dentro e fora do salão.
A música de qualidade
É o bom forró pé-de-serra
Que faz a gente dançar
No salão e até na terra,
Nesse instante se esquece
Que o mundo vive em guerra.
Todo o acompanhamento
A sanfona é quem comanda
Tem triângulo e zabumba
E assim se forma a banda
Pra dançar até de manhã
Quando então o povo debanda.
O pavilhão enfeitado
Com bandeirinha e balão
Pra receber a quadrilha
No ritmo do bom baião
Todo mundo animado
Dando viva a São João.
É festa tradicional
Espetáculo pra turista
O povo simples da roça
Nesse tempo vira artista
Para alegrar todo mundo
Do Norte, Centro ou sulista.
Há o casamento matuto
Que é muito engraçado
Quando se zanga a noiva,
Por ver o noivo aperreado
Com muita pressa fugindo,
Só quem pega é o delegado.
Há também a brincadeira
De subir no pau de sebo
Pro dinheiro tentar pegar
É necessário não ter medo
Pois se escorrega bastante
Até descobrir o segredo.
Muita gente também solta
Traque, buscapé, chuvinha,
Ratinho, pega-rapaz,
Fogos e estrelinha
Perto ou longe da fogueira
Especialmente à noitinha.
Na fazenda há o coronel
Cujo nome é engraçado:
Pindurão, Cipó, Chicote...
Está sempre enfezado,
Se a dança não for animada
Ele fica irritado.
Na véspera ou mesmo no dia
É costume comprar milho
Pra assar ou cozinhar
Servir a netos e filhos
Fazer canjica ou pamonha
Transformando tudo em brilho.
Seja com os fogos no céu,
Com a alegria do pavilhão,
Com a fogueira no terreiro
A festa de São João
Retrata o nosso Nordeste
E toda sua tradição.
Autoria:
Francisco Diniz & Alunos do Instituto São Marcus.
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