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A Rede de Produtoras da Bahia (RPB) concorreu com centenas de organizações de todo país e venceu na Bahia o Prêmio BNDES de Boas Práticas em Economia Solidária que reconhece as iniciativas consideradas "boas práticas" de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e suas Redes. A cerimônia de premiação acontecerá em julho em data a ser definida. 

 

A inciativa é uma ação conjunta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE) e do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES).

 

A notícia da premiação foi muito celebrada pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC), e seus parceiros. Segundo Célia Firmo, secretária executiva do MOC, o Prêmio é um ganho histórico para o Movimento de Economia Solidária. “É  o reconhecimento de que existe outra economia e que esta outra economia vem construindo relações sociais e econômicas mais justas. A Rede de Produtoras da Bahia ter sido premiada e reconhecida enquanto uma Rede de Empreendimentos Solidários, significa que é reconhecida por seu trabalho com as mulheres rurais e por mostrar que o lugar das mulheres é onde cada uma delas desejar estar”, comemorou Célia.

 

Para Patrícia Nascimento, coordenadora da Rede, “A premiação é a prova de que estamos numa organização que cresce a cada dia. É o reconhecimento de todo um trabalho que vem sendo feito na Bahia há quase 14 anos. É muito gratificante, uma sensação incalculável para toda a equipe envolvida”.

 

A Rede de Produtoras da Bahia foi criada em 2002 a partir da necessidade de formalizar os grupos de produção já existentes. É uma organização que atua em 17 municípios do estado da Bahia, assessorada pelo MOC, e  ajuda a fortalecer a organização das mulheres valorizando o trabalho feminino, incentivando a realização de práticas de desenvolvimento solidário e sustentável. 

 

A Rede hoje possui 62 empreendimentos filiados - 50 rurais e 02 urbanos - envolvendo cerca de 800 mulheres. “Nasceu da articulação de nove empreendimentos econômicos solidários formados exclusivamente por mulheres rurais sendo que muitas dessas mulheres já eram participantes do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais – (MMTR)”, enfatiza Patrícia.