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O Movimento de Organização Comunitária (MOC) e a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), realizaram nesse 10 de junho, em Feira de Santana, o I Seminário de Articulação de Projetos Educacionais do Campo e da Cidade – I SAPEC. O evento parte da perspectiva de contribuir na articulação de políticas e projetos educacionais com gestores/as, coordenadores/as e educadores/as municipais de Educação do Campo Contextualizada na dimensão da Convivência com o Semiárido e na construção de uma proposta político-pedagógica unificada para os municípios dos Territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão.

 

O encontro que aconteceu no Hotel Seabra, contou com a participação de 60 pessoas entre representantes da sociedade civil, conselheiros/as de educação, professores/as, coordenadores  pedagógicos, secretários/as municipais de educação e representante do Pacto pela Educação. Busca-se apresentar uma discussão na elaboração de propostas de integração dos programas e projetos educacionais inseridos nos municípios dentro da estratégia político-pedagógica mais ampla e articulada. 

 

Vera Carneiro, Coordenadora do Programa de Educação do Campo do MOC, ressaltou que esse momento torna-se importante para desenvolver melhor os projetos.  “O MOC vem há vinte anos desenvolvendo junto com a UEFS o projeto CAT e o Baú de Leitura, que são projetos com metodologia para a educação do campo em vinte municípios e eles tem uma interrelação com a sede”. Vera destacou que os municípios recebem outros projetos e tem propostas parecidas com as já desenvolvidas. “Mas também existem outros projetos voltados para a educação. E nisso, cabe ao município definir uma política de educação contextualizada onde possam articular esses projetos, então a ideia do seminário é expor esses projetos aqui e depois os municípios irão refletir e decidir como trabalhar e desenvolvê-los para uma educação melhor no semiárido”, enfatizou a coordenadora.

 

Para José Ricardo Pinheiro, Secretário de Educação do município de Monte Santo, “é um momento ímpar, porque a gente sempre sonhou com essa articulação de projetos e nós sempre falávamos por perceber a falta de conexão entre os projetos. Todos trabalhavam em seu canto e sendo que alguns se comungavam em determinados pontos e acontecendo este momento agora nós podemos avançar ainda mais trabalhando em conjunto mantendo forças por uma educação melhor”, diz. 

 

A perspectiva do Seminário de construir estratégias de articulação entre os projetos e programas a fim de fortalecer a educação contextualizada para convivência com o Semiárido, agrega e assegura uma organização já pensada pelo Pacto pela Educação, assim como afirmou Alexandre Correia, Coordenador do Pacto através da Secretaria Estadual de Educação. “Para o Pacto, esse momento representa um passo muito grande iniciado em 2011 com muita seriedade e compromisso que as nossas crianças baianas merecem. E essas metodologias como tantos projetos na área da educação, precisam se interagir com todos os outros projetos num comum objetivo: nossas crianças letradas e cidadãs, fortalecendo uma educação ainda mais participativa, tendo direito a educação”, ressaltou.

 

O SAPEC ainda propôs um plano de ação com eixos que possibilitem o desenvolvimento do município, reconhecendo a necessidade de inclusão dos programas e projetos de forma articulada fortalecendo a Educação Contextualizada. 

 

Por Kívia Carneiro

Comunicadora Popular Asa/MOC