Pedreiros recebem curso para a construção de cisternas calçadão

12/07/2013

Até o dia 17 de julho o município de Ichu estará recebendo dez pedreiros do município e de cidades vizinhas, para participar do curso para a construção de cisternas calçadão. O curso é uma iniciativa da Articulação no Semiárido (ASA) em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e faz parte das ações do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
 
O primeiro dia do curso aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Ichu e contou com a presença de técnicos do Programa de Água e Segurança Alimentar do Movimento de Organização Comunitária (MOC) e representantes de entidades parceiras. O objetivo da atividade é desenvolver o conhecimento sobre as tecnologias de captação de água da chuva e os princípios de convivência com o semiárido, a partir da qualificação das técnicas de construção dos pedreiros.
 
O grupo terá a oportunidade de conhecer de perto a importância e a funcionalidade das tecnologias e a partir da prática desenvolver novos aprendizados. O pedreiro José Nery da comunidade de Bouqueirão também do município de Ichu é o instrutor do curso. Para ele a capacitação permite aos pedreiros a oportunidade de conhecer e construir tecnologias que transformam cada dia o semiárido. “Eu mesmo já participei de duas capacitações e eu agora estou aqui ajudando os outros. É muito importante essa troca de experiência”, completa o pedreiro.
 
Durante a capacitação, os pedreiros estarão trabalhando na construção de três cisternas calçadão entendendo passo a passo os processos de edificação sendo orientados a partir das dúvidas e questões que vão surgindo.  É um processo de formação e mobilização que envolve também as comunidades e as famílias beneficiadas. 
 
 Para o pedreiro Aloísio Sandro de Jesus, da cidade de Conceição do Coité que participa do curso o Programa P1+2 contribui tanto para o desenvolvimento das famílias, que terão acesso à água de produção; como também permite a qualificação profissional dos pedreiros. “É gratificante ser reconhecido pelas famílias como pedreiro que construiu a cisterna. E ver que isso tudo é trabalho vai que vai desenvolver a economia da comunidade”, afirma.
 
Tecnologia - A cisterna calçadão do P1+2 tem capacidade para armazenar 52 mil litros de água e possui um calçadão que serve para captar a água que será usada para as famílias para a produção de alimentos, uma tecnologia que o pedreiro Valdinei dos Santos de Jesus, de 27 anos, não conhecia. Segundo ele desde o primeiro dia que se surpreendeu com as etapas do programa. Afirma que está muito feliz em participar da capacitação principalmente pela possibilidade de trocar experiências com pedreiros mais experientes. “Nesses momentos trocamos saberes, tiramos as dúvidas e vamos aprendendo juntos”, conclui.
 
As ações desenvolvidas pelo P1+2 avançam a cada dia, trazendo as muitas transformações para o semiárido baiano. Edicarlos de Almeida, técnico do MOC afirma que o trabalho vai além da construção técnica das cisternas. “Envolve as questões sociais com as famílias do semiárido e principalmente a valorização da mão de obra local, ampliando a economia e fortalecendo os princípios de convivência com o semiárido”, afirma.




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