Comemorações e reivindicações marcam o dia do trabalhador

06/05/2013

O dia do trabalhador é marcado por muitas comemorações em torno dessa data que simboliza as conquistas dessa classe que tanto lutou e reivindicou por seus direitos em um período de opressão trabalhista. Foi no 1º de maio que milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, e discursos movimentaram o mundo. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Atualmente a classe trabalhadora que mais necessita de atenção e auxilio em nossa região são os trabalhadores rurais, que passam por longos períodos de estiagem, tornando difícil o cultivo de alimentos e a criação de animais, que acaba por interferir na economia local, gerando desemprego e a falta de recursos para uma que possam garantir uma melhor qualidade de vida. Embora a falta da chuva na região tenha prejudicado muitos agricultores, a volta dela foi recebida com bastante alegria e entusiasmo, mesmo ainda não sendo suficiente, possibilitou a retomada do cultivo de suas lavouras.


Durante os seus 45 anos de atuação, o Movimento de Organização Comunitária buscou assessorar este público, lutando junto a classe trabalhadora rural por diversas causas em torno da construção de uma vida digna no semiárido. Entre essas causas estão o direito do homem e da mulher do campo à educação contextualizada, ao acesso à água, políticas voltadas para as mulheres, crianças e adolescente e para a juventude rural. Neste dia, municípios onde a entidade atua comemoraram a data e reivindicaram direitos.


3 mil pessoas nas ruas - O município de Riachão do Jacuípe promoveu atividade, onde através do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) e suas delegacias, realizou a festa do Dia do Trabalho, que já se tornou tradicional. O evento conta com o apoio de alguns comerciantes locais, Prefeitura e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (FETAG). O encontro reuniu na sede do município cerca de 3 mil pessoas vindo de todas as comunidades rurais próximas. Também fez parte do movimento a APLB, sindicato que levou centenas de professores municipais para as ruas em protesto ao corte da gratificação ocorrido no mês de março.


Em Conceição do Coité o Acampamento 1º de maio promoveu com agricultores e em parceria com a FATRES um dia de atividade, que reuniu cerca de 50 pessoas.  Entre eles as 25 famílias, que há 10 anos permanecem acampadas no local, de um total inicial de 112 famílias. As atividades se iniciaram às 5h da manhã e se estenderam durante todo o dia.

O principal objetivo da atividade é a comemoração dos 10 anos de luta e resistência das famílias que ainda permanecem acampadas no mesmo local, trazendo questões para serem debatidas durante o evento. As questões estão relacionadas à reforma agrária; ao pagamento de parte da terra efetuada pelo governo, faltando ainda outra parte a ser paga. Reivindicaram ainda a construção de uma ponte para uma melhor qualidade de locomoção.

“Estamos buscando melhoras, entre elas de locomoção, pois quando chove tudo piora, ninguém entra ou sai, só de barco”, diz Maria Eliana que é assentada e diretora do STTR. Essa atividade é promovida todos os anos, sendo um momento de reivindicação sobre as questões sociais para que a conquista de uma melhor qualidade de vida das famílias assentadas.



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