Planejamento do P1+2 reúne equipes de 11 entidades

19/04/2013

Coordenadores/as, gerentes e representantes de entidades responsáveis pela organização do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) se reuniram em um Planejamento Estadual nos dias 15 e 16 de abril na Pousada Central, em Feira de Santana. Os participantes discutiram e analisaram a execução de ações do programa, que tem como objetivo o acesso às tecnologias de captação de água da chuva para a produção de alimentos e criação de animais, proporcionando uma qualidade na alimentação da família e comercialização do excedente.

Na Bahia o programa é executado por onze organizações diferentes. A assessora Maitê Maroñas é técnica Articulação do Semiárido Brasileiro e acompanha o estado da Bahia e esteve presente no planejamento e buscou resolver questões apresentadas pelas entidades presentes. A capacitação para manejo e sistema simplificado de água foram um dos muitos pontos debatidos, foi debatido também se a quantidade de água fornecida pelas cisternas é suficiente para a produção de alimentos.

“O Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) é uma ação com vários componentes e diferentes atividades que envolvem a construção das tecnologias. E essa reunião acontece devido à necessidade de um momento para planejar todas essas atividades, a reunião serviu também para a troca de estratégias e experiências que cada organização utiliza para conseguir executar suas ações em um determinado tempo, garantindo a qualidade das implementações e dos processos, que são organizados e planejados pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) para subsidiar as entidades a executar melhor o programa”, afirma Maitê Maroñas.

Em 2013 o Movimento de Organização Comunitária (MOC) passou a executar o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) nos municípios que atua. O programa visa fomentar a construção de processos participativos de desenvolvimento rural no Semiárido brasileiro, promovendo o acesso à água através da construção de tecnologias sociais como barragem subterrânea, cisterna-calçadão, barreiros, bombas d’água popular, tanque de pedra e etc.

Além do processo de construção das tecnologias o programa também proporciona momentos de formação para as famílias através de cursos de gerenciamento de água, manejo e auxilio na implementação da produção de alimentos, com doação de sementes, mudas e materiais para a criação de animais de pequeno porte. Outro momento importante de formação é a realização de intercâmbios, onde as famílias visitam experiências bem sucedidas de convivência com o semiarido, e adquirem um conhecimento de como utilizar de maneira eficiente a tecnologia recebida.

Terezinha Santos faz parte da Comissão Municipal de Recursos Hídricos de Retirolândia, um dos municípios já contemplados pelas tecnologias sociais, “O projeto auxilia muito nesse período de seca, pois as famílias não precisam mais fazer longas caminhadas para pegar água, às vezes tinham que ir até os municípios vizinhos, ou pedir emprestado dos moradores que possuíam as cisternas, e antes mesmo tendo água eles não tinham onde armazenar de forma eficaz para manter a qualidade” diz Terezinha

Dessa forma o programa contribui com a segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego e renda das famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos e criação de animais.


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