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Com a adesão dos municípios do Semiárido ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, alguns gestores(as)  e coordenadores(as) estão encontrando dificuldades em articular a proposta política pedagógica que os municípios já vinham desenvolvendo na Educação do Campo com as ações de alfabetização.

O Pacto pela Alfabetização na Idade certa é uma ação do Ministério da Educação, com mais investimentos para formação de professores e apoio aos municípios, para que toda criança seja alfabetizada nas três séries inicias, na idade certa e de forma que associe alfabetização e letramento.

A dificuldade tem sido, por exemplo, de como inserir as ações da alfabetização e letramento dentro da proposta do Projeto CAT – Conhecer, Analisar e Transformar a realidade do campo e o Projeto Baú de Leitura.  Ou seja, articular isso com as ações do Pacto, de sorte que contribua para um bom trabalho dos professores e professoras nas escolas do campo, realizando a alfabetização de forma contextualizada associada ao processo de letramento.

A Equipe de Educação do Campo do MOC está visitando todos os municípios que tem o Projeto CAT, realizando seminários com gestores, oficinas com professores contribuindo para essa articulação. Mas de 10 municípios já foram visitados e realizadas ações nos territórios da Bacia do Jacuípe e Sisal. Essa semana a equipe esteve em Monte Santo, Valente, Retirolândia, Riachão do Jacuípe, e Mairi. Na próxima semana serão visitados os municípios de Araci, Nova Fátima, São Domingos e Santa Luz.
    
Para Vera Carneiro, coordenadora do Programa de Educação do MOC, o importante é que os municípios compreendam que a Educação do Campo, é um direito conquistado pelas lutas dos movimentos sociais do campo, de ongs e sindicatos de trabalhadores rurais e da agricultura familiar. “Os municípios agora não podem retirar esse direito conquistado. Precisa inserir o Pacto para fortalecer esses direitos, ou seja, inserir dentro da metodologia da educação do Campo do CAT onde já existe”.

O MOC sugere que as pessoas que coordenem o Pacto nas escolas do campo sejam as mesmas que já coordenam o CAT no município, pois facilita a articulação. Além disso, os coordenadores (as) do Pacto devem participar de formações sobre a concepção, princípios e metodologias da educação do campo, observar os materiais didáticos disponibilizados, trazer para o contexto de uma educação na perspectiva da convivência com o semíárido.

Dessa forma, conforme compromisso assinado pelos municípios, a proposta do CAT precisa ser universalizada em todas as salas de aulas das escolas do campo. Enquanto um direito conquistado dos povos do campo, conforme as Diretrizes Operacionais, CNE/CEB 1, de 3 de abril  2002 e o Decreto Nacional   Nº 7.352, de 4 de Novembro de 2010. Os municípios estão conseguindo fazer a articulação e construindo a Ficha Pedagógica do CAT com ações do Pacto pela Alfabetização.