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Audiência Pública em Santaluz mobiliza Território do Sisal por políticas ambientais e convivência com o Semiárido
15/09/2025
No último dia 15 de setembro,
Santaluz, no Território do Sisal, se tornou ponto de encontro para agricultores
e agricultoras familiares, sindicatos, associações comunitárias, cooperativas,
representantes da sociedade civil e gestores públicos. A cidade sediou uma
Audiência Pública sobre Políticas Ambientais, momento marcado por diálogo,
escuta ativa e construção coletiva em torno dos desafios e soluções ambientais
do Semiárido baiano.
O clima foi de mobilização e propósito. Entre as pautas centrais, ganharam força temas como segurança hídrica, saneamento rural, recuperação de áreas degradadas, preservação do bioma Caatinga e o enfrentamento aos impactos das mudanças climáticas, realidade cada vez mais presente na vida das comunidades rurais.
“Não dá mais para negligenciar essa temática. É preciso que cada sujeito, do poder público à sociedade civil, faça sua parte em favor da convivência com o Semiárido, preservação do bioma e desenvolvimento de ações práticas que garantam qualidade de vida na região”, destacou Edisvânio Nascimento, presidente do Movimento de Organização Comunitária (MOC), reforçando o compromisso histórico da entidade com a agroecologia e o fortalecimento da agricultura familiar.
Encaminhamentos que apontam
futuro
Da escuta aos encaminhamentos,
o encontro deixou uma agenda concreta para os próximos meses. Entre as decisões
pactuadas, estão:
Criação de um Grupo de
Trabalho (GT) para discutir e propor medidas locais em defesa do meio ambiente;
Inclusão, no Plano Plurianual
(PPA), de recursos destinados à construção de cisternas, ao saneamento rural e
à proteção de áreas nativas;
Adoção de ações práticas já reconhecidas e validadas pelas comunidades, como limpeza e construção de aguadas, manutenção de viveiros de mudas nativas e fortalecimento de tecnologias sociais de convivência com o Semiárido.
A audiência Pública se
consolidou como um movimento político e social que reafirma o papel das
comunidades rurais na defesa do território, da Caatinga e de modos de vida
sustentáveis.
O Território do Sisal segue mostrando que cuidar do Semiárido é uma construção diária coletiva, diversa e necessária.
A audiência é uma ação do projeto “Agenda 2030 no Semiárido Baiano”, realizado pelo MOC e IRPAA, com apoio da Horizont3000 — organização não governamental austríaca de cooperação para o desenvolvimento — e financiado por fundos da Comissão Europeia, Sei So Frei Graz, DKA e da Cooperação Austríaca/Austrian Development Agency (ADA).