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Na terça-feira (26), durante a programação do Semiárido Show, em Petrolina (PE), foi realizado o seminário “Programa Cisternas: um panorama da situação atual, desafios e perspectivas”. O encontro, promovido pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), reuniu agricultoras e agricultores, estudantes, pesquisadores e organizações sociais que, assim como o Movimento de Organização Comunitária (MOC), executam essa política pública essencial para a Convivência com o Semiárido. O objetivo central do seminário foi celebrar a retomada do Programa Cisternas, refletir sobre sua trajetória e reforçar sua relevância social, ambiental e econômica.

A secretária de Segurança Alimentar do MDS, Lilian Rahal, destacou o simbolismo da celebração no contexto do Semiárido Show:

“Esta celebração se fez necessária porque nós estávamos não somente recuperando o programa, como também expandindo-o, cumprindo as metas que o presidente Lula assumiu em seu plano de governo. Realizar esta celebração aqui significou muito, porque o Programa Cisternas começou com o trabalho de organizações da sociedade civil e também da Embrapa Semiárido, que, desde 2003, estiveram presentes na concepção dessa política pública estratégica.”

Na ocasião, a meta do MDS de construir 220 mil tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva foi destacada: 190 mil já foram contratadas e 90 mil entregues.

O coordenador da ASA Brasil, Cícero Felix, reforçou a dimensão transformadora do programa: “Se tem alguma coisa que é show nesta região, é o Programa Cisternas, porque ele tem mudado a vida de milhões de pessoas, garantindo água de qualidade e em quantidade suficiente para beber, produzir alimentos e melhorar as condições de vida das famílias. Celebrar sua retomada e, ao mesmo tempo, fazer um balanço do impacto social, econômico e ambiental que ele gera foi fundamental. Hoje, o Programa Cisternas já extrapola os limites do Semiárido: é do Brasil inteiro.”

Durante o evento, também foi assinada a parceria de execução do programa entre ASA e MDS, fortalecendo o compromisso de continuidade e expansão da política.

O coordenador da ASA Bahia, Naidison Baptista, lembrou que o Semiárido Show traduz a identidade de um povo resistente e inovador:“O Semiárido Show mostrou o que somos: um povo guerreiro e de vitórias, que sabe trilhar seu caminho. Aqui estavam expostas tecnologias sociais como cisternas, bancos de sementes, barreiros trincheira, barragens subterrâneas, água para produção, fomento e alimentação escolar — todas ferramentas fundamentais para garantir condições de vida no Semiárido. E, dentro desse espaço, nada melhor do que celebrar o Programa Cisternas, que já entregou mais de 1,3 milhão de tecnologias e segue estruturado para alcançar cada vez mais famílias.”

O seminário reafirmou que o Programa Cisternas é mais do que uma política pública de acesso à água: é uma estratégia de dignidade, permanência no campo e sustentabilidade no Semiárido. Ao reunir governo, sociedade civil e famílias beneficiadas, o encontro demonstrou que a retomada e a expansão do programa representam não apenas o cumprimento de metas, mas a valorização da vida de milhões de brasileiras e brasileiros que transformam a realidade a partir da convivência com o Semiárido.