Famílias Rurais de Riachão do Jacuípe Celebram a Chegada de Cisternas de 16 Mil Litros

17/12/2024
Famílias Rurais de Riachão do Jacuípe Celebram a Chegada de Cisternas de 16 Mil Litros

Famílias rurais do município de Riachão do Jacuípe, na Bahia, celebram a chegada de cisternas com capacidade de 16 mil litros, construídas pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), que capta e armazena a água da chuva com qualidade e segurança.

Dona Vanda Aloísia de Jesus, moradora da comunidade de Mandassaia III, beneficiária do projeto, fala com satisfação em receber a cisterna. “Quando me mudei para aqui tinha um grande sacrifício por água. Pegava água muito longe, pegava água na casa da vizinha, tinha o maior desejo de ter um tanque. Deus me abençoou que eu ganhei essa riqueza que é a cisterna. Tenho água boa para beber e cozinhar na maior tranquilidade.”

As cisternas, conhecidas como “cisternas de primeira água”, são projetadas para abastecer uma família de até cinco pessoas por um período de oito meses durante os períodos de seca. Equipadas com um sistema de descarte da primeira água da chuva e filtro de barro, elas garantem água limpa e segura para consumo, preparo de alimentos e higiene pessoal. A tecnologia social utilizada reflete um compromisso com a dignidade, a saúde e a qualidade de vida das famílias rurais.

A iniciativa é fruto da parceria entre o MOC e o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), realizado em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Governo Federal, que prevê a construção de 508 cisternas entre os municípios de Araci, Biritinga, Teofilândia e Riachão do Jacuípe.


A chegada das cisternas não é apenas um marco de infraestrutura, mas também um símbolo de autonomia e segurança hídrica para as famílias do campo. Para muitos, a escassez de água era um desafio cotidiano, exigindo longas caminhadas ou dependência de vizinhos e recursos limitados. Com a nova tecnologia, há uma redução significativa no trabalho físico para buscar água, além de garantir que esta seja de qualidade para atender às necessidades diárias.

A coordenadora do Programa Água, Produção de Alimentos e Agroecologia, Ana Glécia Almeida, ressaltou a relevância das cisternas para a região. “As cisternas representam uma verdadeira transformação na vida das famílias do semiárido, garantindo acesso à água de qualidade para o consumo e para a produção de alimentos. Elas são uma solução simples, mas extremamente eficaz, que contribui para a convivência com o Semiárido. Além de reduzir a vulnerabilidade hídrica, as cisternas fortalecem a autonomia das comunidades, promovem a segurança alimentar e ajudam na construção de um futuro mais digno e sustentável”, afirmou. Ana Glécia também destacou: “A vida das famílias do campo ao longo dos anos tem passado por inúmeras transformações. O acesso a políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar tem possibilitado dignidade e bem viver nas comunidades rurais. E a água é o carro-chefe dessa transformação; ter água é ter vida, saúde e dignidade ao lado da casa.”

Parcerias que Transformam

A implementação do P1MC demonstra a força das parcerias entre organizações da sociedade civil e o governo. Além de proporcionar acesso à água potável, o projeto também promove o engajamento comunitário, capacitando as famílias para o uso e manutenção das cisternas e ampliando a consciência sobre a gestão sustentável dos recursos hídricos.

Um Olhar para o Futuro

Armazenar água é mais do que uma questão de sobrevivência; é uma garantia de qualidade de vida e dignidade para as famílias do Semiárido. Ao celebrar a chegada das cisternas, as comunidades também reafirmam a esperança de um futuro mais justo e igualitário, onde o acesso à água limpa é um direito de todos.