Projeto aposta no empreendedorismo do jovem do campo

22/08/2011

Durante a IV Jornada do Jovem Rural que acontece de 23 a 26 de agosto, na cidade de Domingos Martins, no Espírito Santo, mais uma experiência da juventude do semiárido baiano estará em destaque.

No município de Capim Grosso o Coletivo de Jovens com o apoio do Movimento de Organização Comunitária (MOC) e do Unicef criaram o Fundo Rotativo Solidário e Juvenil. A iniciativa surgiu a partir da necessidade de garantir geração de renda para a juventude rural e fixação no campo, visando a sucessão rural.

A discussão para criação do Fundo durou um ano e em 2010 o projeto piloto começou a entrar em funcionamento. Foram compradas 06 matrizes, ou ovelhas, que foram entregues a seis jovens de comunidades rurais e que são membros do Coletivo Municipal. Esses jovens após o período de oito meses se comprometem, mediante um termo de compromisso, a repassar uma matriz para outro jovem que dará início à criação.

Uma comissão formada por membros do Coletivo Municipal tem o papel de acompanhar tecnicamente os jovens empreendedores beneficiados com os animais doados pelo Coletivo de Jovens. De acordo com o regimento do Fundo Rotativo Solidário, os critérios para os jovens serem beneficiados com os animais são: ser considerado membro permanente e efetivo do Coletivo de Jovens, tendo inclusive participação assídua em todas as atividades desenvolvidas; ser jovem rural ou depender da zona rural para tirar o sustento; ter aptidão para o criatório de animais de pequeno porte adaptados ao semiárido; está em acordo com as condições estabelecidas para receber os animais.

Integrante do Coletivo de Jovens, Rosana Santos, 27 anos, afirma que o projeto piloto do Fundo Rotativo deu bons resultados e já aponta algumas demandas, como aumentar a quantidade de matrizes, a compra de reprodutores e oferecer formações para os jovens beneficiados. “Nós acreditamos que esse primeiro ano foi produtivo, percebemos que dá retorno. Dá para ser um projeto viável para o jovem do semiárido”, avalia Rosana que também foi uma das beneficiadas nesse primeiro ano. Ela conta que esta iniciativa tem contribuído para o fortalecimento da identidade do jovem do campo. “Além de ajudar na geração de renda, tem o sentimento de que eu também faço parte desse processo. Essa experiência mostra que eu posso ficar no campo com renda, com sustentabilidade, que eu posso ser o que eu sou. Jovem do Campo”, finaliza Rosana.

 


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