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PECONTE realiza encontro para coordenações do CAT e membros da sociedade civil
20/09/2019
O Programa de Educação do
Campo Contextualizada (PECONTE) do Movimento de Organização Comunitária (MOC),
realizou o 3º Encontro com coordenações municipais da educação do campo e
sociedade civil organizada. O evento aconteceu no município de Feira de
Santana, nos dias 19 e 20 de setembro.
Teve como objetivo avaliar as
ações de educação do campo, aprofundando estudo sobre a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) bem como planejar ações de trabalho pedagógico para os
municípios a partir da ficha pedagógica, Projeto Baú de Leitura e sua relação
com BNCC.
Diante da programação
coordenadore/as, educadores/as e representantes da sociedade civil avaliaram as
práticas pedagógicas a partir dos resultados e mudanças provocadas com o
trabalho da ficha pedagógica do CAT e do Baú de Leitura.
Sobre
o BNCC
O que é o BNCC?
A
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem sido um dos assuntos mais falados ultimamente. Assim, durante esse
processo formativo o PECONTE trouxe como mais uma contribuição o aprofundamento
desse tema.
A BNCC é um documento que pretende nortear
o que é ensinado nas escolas do Brasil inteiro, englobando todas as
fases da educação básica, desde a Educação Infantil até o final do Ensino
Médio. Trata-se de uma espécie de referência dos objetivos de aprendizagem de
cada uma das etapas de sua formação.
O professor Doutor José Arlen,
da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), participou da atividade e
fez a contextualização sobre o tema. Arlen defende a inserção de alternativas
que fundamente e interessem a construção desse processo tendo a participação
das pessoas (educadores, alunos, sociedade civil) que são base da educação
brasileira.
Para ele é urgente e
necessário o debate, pois há uma forte ação dentro do sistema educacional que
bloqueia ainda mais ações de diálogos com a base.
“Considerando que o governo Temer
e agora o de Bolsonaro vem se recusando em dialogar com a base, essa iniciativa
do MOC é importante procurando, sobretudo, alternativas que realmente nos
interessem. A gente tem uma base aprovada e nos cabe agora buscar, ali dentro,
propostas que nos instrumentalizem o sentido do conhecimento e dê autonomia a
nossos estudantes”, completa o professor.
Embora a BNCC seja um dispositivo curricular fundamentado
ela não, necessariamente, precisa ser assumida de tal modo. As alternativas
defendidas por Arlen agrega, sobretudo a luta da classe (educadores/as) pelo
direito do conhecimento, busca constante das formações e compartilhamento de
ideias.
“A BNCC propõe retirar conhecimento e homogeneizar as
formações. Então a gente precisa trazer alternativas opostas a estas e nós
temos isso através do MOC que oferece e ampliar conhecimento e para além disso
contextualiza”, enfatiza.
A técnica do MOC, Ana Paula Duarte, ressalta que “o MOC
defende que a educação contextualizada não seja reduzida ou não seja colocada a
parte pois ela é uma concepção com diretrizes legais, práticas pedagógicas
vitais e eficazes e é importante que a BNCC não às desconsidere”.
As ações educacionais defendidas pelo MOC, diante dos
sujeitos, buscam expressar as potencialidades
criativas, ampliando visão crítica do mundo mediante o acesso aos direitos à educação
contextualizada na perspectiva da convivência com o Semiárido. Essa luta
é o comprometimento no exercício da cidadania pata todos e todas.
Texto e Fotos: Kívia
Carneiro
Comunicação MOC