Amigas da Caatinga: fortalecimento às produções agroecológicas por uma economia justa para as mulheres do campo

04/07/2019
Amigas da Caatinga: fortalecimento às produções agroecológicas por uma economia justa para as mulheres do campo

 “Nós costumamos definir economia solidária como um modo de produção que se caracteriza pela igualdade. Pela igualdade de direitos, os meios de produção são de posse coletiva dos que trabalham com eles – essa é a característica central. E a autogestão, ou seja, os empreendimentos de economia solidária são geridos pelos próprios trabalhadores/as coletivamente de forma inteiramente democrática”

Paul Singer 

 

Os empreendimentos ligados à economia solidária são iniciativas coletivas que agregam relações de trabalho afetivo, digno, solidário e com equidade de direitos. Atuam expressivamente nas dimensões econômicas, sociais, ambientais, culturais e territoriais.

A prática da economia solidária tem contribuído de forma significativamente para o desenvolvimento das comunidades rurais especialmente para grupo de produções formado por mulheres e tem expandido as oportunidades de emprego e renda.

Nesse sentido entidades como o Movimento de Organização Comunitária (MOC), buscam fortalecer e contribuir com o desenvolvimento dos empreendimentos solidários para garantir o melhoramento e ampliação das ações ligadas a organização produtiva de agricultoras familiares além de potencializar a comercialização através do acesso aos mercados, assim como vem sido apresentado e aceito o Projeto Amigas da Caatinga.

O projeto é uma ação do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica – ECOFORTE e tem como objetivo a estruturação de cem Unidades de Referência relacionadas à produção orgânica, extrativista e de base agroecológica nos municípios de Araci, Barrocas, Feira de Santana, Retirolândia, Riachão do Jacuípe, Santanópolis, Santaluz, e Teofilândia.

Segundo Marisa Cerqueira, coordenadora do Projeto pelo MOC, relata a motivação das famílias agriculturas. “Todos e todas tem ficado animados com a proposta e demonstraram bastante interesse, visto que é uma oportunidade, especialmente para os/as jovens e as mulheres, que dependem da produção agropecuária e necessitam acessar novos mercados”.

Marisa destacou uma preocupação relatada pelas famílias. “A gente pôde perceber, junto a equipe técnica, dentre os dias 17 de junho à 01 de julho, onde aconteceram as atividades de apresentação, sensibilização e identificação das famílias, que não tem como escoar a produção, o que os obriga a produzir menos. Esse é uma das ações que iremos buscar melhorar junto ao projeto”.

O Projeto Amigas da Caatinga, uma parceria da Fundação Banco do Brasil, BNDES e Governo Federal e visa trabalhar com implementação e fortalecimento de quintais produtivos, bancos de sementes, roças comunitárias, feiras agroecológicas e pontos fixos de comercialização além de potencializar a comercialização através do acesso aos mercados como (PNAE, PAA, compras públicas, feiras agroecológicas, entre outros).

 

 

Kívia Carneiro
Comunicação do MOC