MOC realizou o XI Intercâmbio com crianças e adolescentes

28/05/2019
MOC realizou o XI Intercâmbio com  crianças e adolescentes

O Movimento de Organização Comunitária (MOC), através do Programa de Educação Contextualizada do Campo (PECONTE), realizou no dia 24 de maio, no Centro Social Urbano, em Feira de Santana, o XI INTERCÂMBIO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES com abordagem sobre os Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e sobre os 30 Anos da Convenção Internacional. A atividade faz parte das ações de projetos desenvolvidos pelo MOC em parceria com a UEFS, Omicron, Kinder, Actionaid, Borders Crossing, Terre Des Hommes Suisse e CSU.

O grande objetivo foi intercambiar saberes entre crianças e adolescentes das escolas do campo que desenvolvem os Projetos CAT e Baú de Leitura, avaliando as múltiplas aprendizagens e ampliando conhecimentos, especialmente na dimensão dos direitos no Semiárido, sendo assim intercambiou conhecimentos entre crianças e adolescentes de realidades diferentes, também aconteceu avaliações múltiplas  de aprendizagens  desenvolvidas nas escolas a partir do contexto do Semiárido, com abordagens dos direitos de crianças e adolescentes e construiu demandas tendo como base a celebração dos 30 Anos da Convenção Internacional sobre Direitos da Criança.


Durante a programação aconteceu uma integração dos participantes a partir de vivências com a Educação Biocêntrica, e contou com a mediação de Dilma Souza. “Educação Biocêntrica é educar com a vida como referência do viver e aprender com os outros e com o coletivo e com a natureza. Aplicada a vivência da existência humana, a aprendizagem se dá com amorosidade. Observa-se o potencial do indivíduo, qualifica a presença no coletivo. A proposta aqui nesse intercâmbio foi mostrar uma educação vivencial, dialógica, reflexiva, transdisciplinar, transcultural e transcendente. É fundamentada com os direitos natural de vida. E teve como objetivo de facilitar a expressão da identidade pessoal, coletivo, cultural e o despertar da consciência”, frisou Dilma Souza.

Foi realizada também apresentações culturais das crianças a partir das produções que trouxeram dos municípios e foi apresentado um vídeo sobre direitos da criança e adolescentes sobre os 30 Anos da Convenção Internacional sobreos Direitos da Criança. Aconteceu apresentação dos trabalhos em grupos com as seguintes perguntas: QUAIS DIREITOS GARANTIDOS EU TENHO NA MINHA COMUNIDADE? QUAIS DIREITOS NÃO ESTÃO SENDO RESPEITADOS?, e depois uma socialização em plenária.


Segundo a técnica Ana Paula, o intercâmbio foi muito especial. “Na verdade, é o décimo primeiro intercâmbio, então são onze anos realizando intercâmbio, sendo que de uns anos para cá a gente começou a realizar dois por ano, no mês de maio e no mês de outubro. E assim, é um momento em que as crianças protagonizam a suas ações, elas trazem o que elas fazem lá nas suas Escolas de Educação do Campo Contextualizada, é um momento em que as crianças dialogam com crianças de outra região, trocam experiências e socializam com os educadores e educadoras. Enfim, não é um dia de lazer, é uma aula contextualizada, um dia de várias ações que rememoram e que provocam para que eles apresentem e produzam produtos contextualizados a partir de um tema, por exemplo esse ano nós trabalhamos com o tema dos trinta anos da Convenção dos Direitos das Crianças e Adolescentes da Convenção Internacional. Então, a gente trabalhou com os direitos das crianças, com diversas apresentações e depois construíram produtos que foram cartas, cartazes, desenhos, de acordo com a série de cada criança, elas juntas construíram o que elas têm de direito na comunidade e o que elas não têm de direitos. Foi um dia muito legal, debatendo direitos na linguagem das crianças, esse intercâmbio foi mais um sucesso e mais uma vez a gente percebe a importância de intercambiar saberes entre as crianças e aproximar as crianças de várias regiões para trocarem experiências", ressaltou Ana Paula.


O intercâmbio oportuniza a troca de experiências entre essas crianças que desenvolvem várias ações e conhecimentos diferenciados em cada escola e em cada município. São apresentações culturais, trabalhos com arte e educação, com a produção do conhecimento, com as pesquisas que foram realizadas através do Projeto CAT e do Projeto Baú de Leitura. É um momento muito rico de elevação da autoestima das crianças, da identidade do semiárido, do papel da escola e do campo através dos projetos. São sementes dos trabalho do MOC com municípios, centenas de Educadoras/es e redes de direitos. 


Texto e Fotos: Alan Suzarte

Comunicação MOC