MOC vai construir 45 cisternas em escolas do campo

02/09/2010

Buscando assegurar alguns dos direitos da criança e do adolescente, como o direito à alimentação saudável e o acesso à água de qualidade também nas escolas, a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), através do Movimento de Organização Comunitária (MOC) e com o apoio da Cooperação Espanhola, vai construir 45 cisternas de consumo humano em municípios dos territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão.

A princípio, ainda não foram definidos os municípios que irão receber as cisternas, mas estão no aguardo oito municípios que integram a Comissão Microrregional de Recursos Hídricos que é acompanhada pelo MOC. São eles: Santa Bárbara, Cansanção, Serrinha, Quijingue, Antônio Cardoso, Araci, Riachão do Jacuípe e Anguera. Esses municípios foram previamente escolhidos devido a uma pesquisa creditada ao Ministério da Educação e que pontuou critérios como condições de miserabilidade, ausência de políticas públicas na zona rural e falta de abastecimento de água nas escolas.

É freqüente na zona rural a ausência de água de qualidade para a manutenção das atividades escolares e também para o consumo das crianças. Muitas escolas não possuem cisternas e falta água para beber, cozinhar e limpar. Geralmente a água utilizada vem de carros pipas, barrreiros, tanques e outros reservatórios hídricos que não são completamente confiáveis e preocupam, pois, são portas de acesso para diversas doenças e problemas de saúde.

Água de qualidade em casa e agora na escola - O principal objetivo das cisternas construídas pela ASA, junto com o MOC e a Cooperação Espanhola, será portanto, garantir o direito à água de qualidade às crianças e adolescentes nas escolas do campo. Em muitas comunidades a maioria das famílias já possui a cisterna em casa. A proposta, no entanto, é expandir esse contexto e fazer com que não só em casa, como também na escola, seja utilizada uma água limpa.

Para seu Otávio Barreto de Araújo, que faz parte da APAEB e da Comissão de Recursos Hídricos do município de Araci, a construção das cisternas nas escolas será mais uma conquista e o consumo da água de qualidade pelas crianças e adolescentes irá ajudar a prevenir doenças, melhorar a alimentação escolar e até o desempenho do aluno. Ele que tem filhos estudando, consegue ver de perto a dificuldade que é não ter água na escola. “Muitas vezes os meninos levam a garrafa de água de casa e até já chegou a não ter aula por conta da falta d’água”, afirma.

Através do Projeto Cisternas nas Escolas, essa realidade vai melhorar. Crianças e adolescentes do semiárido baiano terão acesso à água de qualidade e poderão ir à escola para estudar, aprender e brincar. Vão ver também que é possível viver, enfrentando as dificuldades e convivendo melhor com a realidade da região semiárida.

 

 


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