Aprendendo a Conviver com Semiárido

15/06/2010

A região semiárida é marcada pelo estigma da seca e de dificuldade de sobrevivência de seus moradores, que migram para as grandes cidades em busca de melhores condições de vida. Há algum tempo esse estigma vem perdendo força e as pessoas começam a acreditar que é possível conviver de forma sustentável com a região. Um exemplo são as tecnologias de captação de água da chuva como cisternas de enxurrada, barreiros, aguadas, que vêm ajudando o homem do campo a criar condições de permanecer na sua terra e viver com dignidade.


Para contribuir com essa interação com o clima e o bioma caatinga, organizações que fazem parte da Articulação do Semiárido Baiano (ASA Bahia) e Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) estão realizando Cursos de Convivência com o Semiárido, através do Projeto Águadas que estão sendo realizados em 11 municípios abrangidos pelas ações do projeto.


Nos dias 21 e 22 de junho, acontece o curso na comunidade Praianos, no município de Ichu, situado a 74 km de Feira de Santana, que será realizado pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC). O objetivo do curso é contribuir para que a família conheça desenvolvimento da propriedade, como gerenciar a água e as tecnologias de captação de água, o tratamento da caatinga, das ações no campo da preservação ambiental, além de provocar na comunidade a ampliação das ações do projeto para o próximo ciclo e melhorar a renda dessas famílias através da criação de animais e hortaliças.


Para João Francisco Neto, técnico do MOC é muito importante as famílias participarem, pois essas ações contribuirão para o empoderamento e sustentabilidade dessas pessoas no campo, respeitando e preservando a natureza.


“Eu acredito que a importância das famílias estarem participando parte de ponto de vista de que toda finalidade das ações estão contidas no empoderamento das famílias, que estas sejam sujeitas na construção de uma realidade diferente e criem condições para as futuras gerações se preocuparem com a preservação da mata nativa e manterem com qualidade de vida na propriedade”, afirma João Francisco Neto. Serão realizados 18 cursos, e de cada curso participam 30 famílias.

 


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