Delegação africana visita experiências de captação e uso da água do Território do Sisal

28/05/2010

Ao longo dos anos o Território do Sisal tem se destacado no desenvolvimento de alternativas de convivência com o semiárido que tem ajudado a mudar a vida de homens, mulheres e crianças durante o período de estiagem.

No dia 29 de maio, uma delegação formada por representantes de países africanos de língua portuguesa e do Instituto de Gestão das Águas e Climas (Ingá), estará em Feira de Santana para conhecer as experiências de captação e armazenamento de água acompanhadas pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC).

Pela manhã, o grupo irá se reunir com o secretário executivo do Movimento de Organização Comunitária (MOC) Naidison Baptista, para explicar como as entidades e grupos que atuam no Território do Sisal constroem ações voltadas ao enfrentamento da desertificação e mitigação dos efeitos da seca, e a importância das Comissões Executivas Municipais, oportunizando a gestão participativa.

Em seguida, seguirá viagem para os municípios de Barrocas e Riachão do Jacuípe, com o objetivo de conhecer de perto as experiências dos agricultores Celso e Abelmanto.

Produção agroecológica em Barrocas – À primeira vista a propriedade de três tarefas de terra de Seu Celso e Dona Maria, na comunidade de Santa Rosa, distante 3 km da sede, parece como as propriedades de seus vizinhos. No entanto, hoje a propriedade é uma unidade demonstrativa com cisterna de enxurrada e horticultura. Toda produção, como alface e coentro é vendida na feira de Barrocas às sextas-feiras e aos sábados. Devido ao trabalho com insumos orgânicos, a família de Seu Celso recebe constantemente visitas de escolas e intercâmbios para conhecer a unidade.

Criatividade para a convivência com o semiárido – Na comunidade de Mucambo, há 16 quilômetros de Riachão do Jacuípe, a família de Abelmanto sobrevive com muita criatividade e cuidado com o meio ambiente. Para garantir água na propriedade ele experimenta várias tecnologias, desde a cisterna de consumo, cisterna calçadão voltada para a produção, como barreiros, barragem subterrânea, plantação de palma, mandacaru, que servem de estoque de água para os animais. Para facilitar a irrigação da horta, Abelmanto desenvolveu um sistema de irrigação a partir de materiais recicláveis, como canos de caneta, garrafa pet e mangueira.

 


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