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CULMINÂNCIA DA CAMPANHA #PELAVIDA
08/12/2018
“Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre, quem
traz no corpo a marca. Maria, Maria,
mistura a dor e a alegria”. Em mais um momento
de fortalecer a luta ao enfrentamento a violência de Gênero, mulheres, jovens,
gestoras, lideranças comunitárias
foram convocadas a reafirmar e ressignificar a força que emana nesta caminhada,
que instigou na sexta-feira (07) de dezembro, no município de Serrinha, uma Audiência Pública regional
sobre os mecanismos de prevenção e enfrentamento a violência contra as mulheres
e meninas, proporcionando a Culminância da Campanha do Movimento de Organização
Comunitária (MOC) e entidades parceiras #PelaVida Não a Violência
contra Meninas e Mulheres, que comunga com a Campanha dos 16 Dias de Ativismo Pelo
Fim da violência contra as Mulheres, que encerra no dia 25 de dezembro, dia
Internacional dos Direitos Humanos, porém essa marcha seguirá por cada dia até que todas
sejam livres. Vale lembrar, que campanha como essa só torna concreta na sua realização, em virtude de apoios de instituições que abraça a causa, a exemplo da Actionaid Brasil.
O dia constituiu a partir da reflexão sobre a
violência contra as mulheres e meninas, pautando caminhos e possibilidades de
enfrentamento a partir das ações, políticas públicas e autonomia das
auto-organizações de mulheres, bem como pelas convergências das demandas das
diversas organizações (sociedade civil e poder público) que se lançaram na
campanha de enfrentamento a violência contra as mulheres na perspectiva de
documentar (em carta política) para incidir politicamente nos espaços de
negociação e controle social de políticas públicas. E ainda, acordando com o
poder público resposta e viabilidade para as diversas violações de direitos das
meninas e mulheres dos territórios e municípios, com vistas a prevenção e
enfrentamento a violência e partir das políticas públicas e equipamentos de
proteção.
Entre
mística, mesa de saudação e apresentação da campanha, além de exposição a respeito
das ações da Campanha #PelaVida nos municípios, teve a alegria, garra, músicas
de um conjunto de mulheres que se unem para enfrentar um mal que se perpetua
historicamente, como dizem "o machismo mata todos os dias', por isso, que é
preciso reafirmar a luta a cada instante, com mais esmero, coragem e
resistência, buscando as medidas, mecanismos, enfrentamento e ainda dizendo
que “Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na política”, meio por onde
se deve consolidar os direitos, segurança, justiça, democracia e equidade, pois
Pela Vida não dá para aceitar a violência em nenhuma dimensão da vida.
Para Ádila da Mata representando o MOC nas condolências,
a violência de gênero necessita ser pautada em todos os instantes e mais ainda
é essencial que todos e todas entre nessa roda e nesta luta, pois essa
violência ela é estrutural, passada em geração para geração, sendo
naturalização e é fruto da desigualdade de gênero. “Nenhum tipo de violência é
justificável, então é por isso que nós estamos aqui também para pautar e
reafirmar o nosso compromisso”, ressaltou Ádila da Mata se lembrando que o MOC
à ensinou ser militante e abraçar esta causa.
A mesa temática em volta de: “Enfrentamento a violência
contra mulheres e meninas em defesa da vida”, contou com corroboração de Flávia
Reis representante da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Edineia
Bastos (Vereadora Pintadas/ Comitê de Mulheres da Bacia do Jacuípe) e com a
mediação de Cátia Almeida (MOC)
Flávia Reis abordou sobre o trabalho que SPM
realiza constantemente com ações para contribuir fortemente com luta pelo enfrentamento
a violências contra as mulheres, dando o suporte necessário as redes e comitês,
rondas Maria da Penha que existe nos municípios, expressou ainda acerca dos
desafios de efetivar atuações regionais, embora isso vem ganhando mais força na
Secretária, destacando ainda o quanto é importante inserir os homens nesta
luta, já que a opressão e violência vem de muitos deles. “A gente precisa
pensar políticas públicas estruturantes para esses processos de mecanismo de
defesa e direitos das mulheres” destacou Flávia Reis.
“Pra mudar a sociedade do jeito que a gente
quer, participando sem medo de se mulher”, essa foi o emblema de Edineia Basto
que discorreu sobre sua experiência de vida e em espaço de poder que ocupa na política, lembrou o quanto precisou e precisa enfrentar para conquistar espaços nessa
sociedade culturalmente machista, destacando assim que é urgente a necessidade de romper com as
barreiras que existe dentro de nós, sendo esse é o primeiro passo, além de
respaldar que ninguém tem o direito de ser humilhado, violentado e perder o
direito de ser gente, por isso em muitos momentos enfrentar a violência precisa começar
dentro de si mesmo, no empoderamento de ser mulher, de resistir ao sistema
excludente e ir à luta. “Não podemos soltar as nossas mãos, a nossa luta
precisa ser permanente”, concluiu Edineia Bastos.
Na oportunidade foi lida a Carta Política da
Campanha e do enfrentamento a violência de gênero, construída por muitas mãos a
partir das escutas e ações das bases dos municípios, por seus comitês,
coletivos e organizações de mulheres, além de ser entregue as representantes de
espaços importante na busca das políticas públicas de direitos e mecanismos de
proteção e enfrentamento a violência contra para as mulheres e meninas.
“Entrei na luta da luta eu não fujo, pelo
direito da luta eu não fujo, pela igualdade da luta eu não fujo, pra construir
uma nova sociedade”. E assim, reafirmando que vidas humanas importam, o MOC de
mãos dadas com as organizações parceiras pactuou a luta e resistência com a campanha:
#PelaVida: Não a Violência contra Meninas e Mulheres! Que seguirá viva e forte
na sua atuação, ressignificando o compromisso pela vida das meninas e mulheres.