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MOC promove estudo e aprofundamento da metodologia de leitura lúdica com educadoras/es
23/11/2018
Buscando aprofundar a prática
pedagógica e de leitura prazerosa, contextualizada e lúdica com educadoras/es,
o Movimento de Organização Comunitária (MOC), através do Programa de Educação
do Campo Contextualizada (PECONTE), realizou nos dias 22 e 23 de novembro, um
estudo e aprofundamento com educadoras/es do semiárido baiano. O estudo, que
aconteceu no auditório do Hotel Seabra, em Feira de Santana, acolheu
professores, coordenadores e diretores de dez municípios.
O objetivo desse estudo é de
aprofundar a prática pedagógica e de leitura prazerosa e contextualizada com
educadoras/es que desenvolvem o Baú de Leitura, bem como a concepção de leitura
dentro da proposta de literatura infanto-juvenil. Também foi avaliado como
andam as práticas do Baú nos municípios, seus resultados e desafios.
Segundo a técnica do MOC do PECONTE ,
Ana Paula Duarte, ações como essa são muito importantes para a qualidade da
educação no semiárido baiano. “Esse momento aqui é uma necessidade, foi uma
demanda apresentada e solicitada pelos professores e coordenadores, justamente
para a gente aprofundar um pouco mais a metodologia do Baú de Leitura, resgatar
alguns elementos que na caminhada as vezes se perdem da essência do Baú de
Leitura e principalmente essa concepção de leitura e de literatura, que foi a
nossa maior empreitada nessa atividade de ontem e de hoje. Então trabalhar
nessa dimensão da literatura lúdica, contextualizada sem obrigatoriedade, com
livros contextualizados, com ferramentas, materiais e elementos pedagógicos que
possam proporcionar nessa fruição, essa leitura por prazer e como resultado
isso vai desembocar no aprendizado significativo, porque vai aumentar o
vocabulário, o nível de leitura e de escrita de forma natural. E nessa
formação, na parte inicial foi o momento de sensibilizar e de despertar o gosto
pela leitura, é um projeto de despertamento, de ampliação de leitura e um
projeto que vai resgatar primeiro o educador leitor, para que depois eles
possam desenvolver esse trabalho com os seus educandos leitores, e esse é um
dos destaques principais e o diferencial do nosso Baú de Leitura. Essa formação
tem essa característica e está sendo muito bom, pois envolve muito os
professores, trabalhando não só nas discussões, mas também realizando
atividades práticas com os títulos do Baú e também foi aprofundado mais esses
debates sobre a concepção de leitura, sobre as dificuldades nessa perspectiva
da alfabetização e do letramento e quais ferramentas podemos utilizar para
ampliar essas possibilidades. Essa atividade foi muito rica e tenho certeza que
os educadoras/es vão repassar essas aprendizagens nos seus municípios”, frisou
Ana Paula.
Durante o evento, foram ministradas
oficinas, palestras, atividades em grupos, dinâmicas, buscando exercitar a
leitura prazerosa da literatura infanto-juvenil relacionando com o o contexto
das escolas do campo. Também houve debates e diálogos, que contribuem muito na
formação dos professores, eles trocam experiências e isso ajuda para que os
municípios se fortaleçam e melhorem cada vez mais.
“O encontro de hoje foi maravilhoso,
trocamos várias experiências com os outros municípios e essas trocas enriquecem
muito a nossa bagagem. Essas contribuições realizadas pelas técnicas e
colaboradoras do MOC, só ajudam e contribuem para a nossa metodologia,
reforçando ainda mais nossas práticas em sala de aula, por isso são sempre
importantes essas formações, para gente está sempre relembrando e
ressignificando essas experiências”, frisou a coordenadora Jucelina Andrade, do
município de Quijingue.
Um dos cursos oferecidos foi sobre a
importância da literatura enquanto conhecimento e as competências que dela
emanam, ministrado pela colaboradora do MOC, Jussara Secondino. “Estamos aqui
na tentativa que cada um se veja enquanto formação leitora, então nós estamos
circulando pelo acervo pessoal de cada participante, qual tipo de leitura eles
fazem, circulam por quais meios de leitura, de revistas de quadrinhos, resenhas
ou revistas mais elaboradas, se conhecem colunas literárias de jornais, escrito
ou não, blogs literários e entre outros. Então nossa proposta é que os
educadoras/es se vejam enquanto construção leitora, enquanto acervo acumulado e
também como prática de leitura. E nossa vontade, é que eles possam sair daqui
com essa consciência e sabendo de qual lugar eles se encontram enquanto leitor
e desejo que eles se sintam capazes de buscar, acrescentar, de ter caminhos
para leitura, principalmente para eles que são formadores de outros novos
leitores“, ressaltou Jussara.
A formação com educadoras/es é um momento de aprofundar estudos sobre temáticas relacionadas à Educação do Campo, e com oficinas contribuindo com a formação deles, planejando ações a partir do que foi aprofundado e sempre buscando superar as dificuldades encontradas e avançando nos resultados com o intuito de progredir ainda mais com a educação do campo.
Por Alan Suzarte
Programa de Comunicação do MOC.