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Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária aconteceu cheia de lindezas na sua 3ª Edição em Araci
27/09/2018
MOC_PorumSertaoJusto
A
Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária que aconteceu em sua 3ª Edição,
na última quinta-feira no município de Araci, caracteriza-se como mais que um
espaço de comercialização de produtos oriundos das mãos do homem e da mulher do
campo, mas como uma oportunidade de compartilhar os fazeres, saberes e sabores
de agricultores/as e produtores e na sua relação com os visitantes/consumidores,
além de mostrar a resistência e valorização da agricultura familiar e economia
solidária diante do contexto atual. A Feira foi de inciativa da Associação dos
Agricultores Familiares do Município APAEB/Araci, que contou com algumas
parcerias, a exemplo do Movimento de Organização Comunitária (MOC). “A Feira é
também um espaço de resistência e valorização da agricultura familiar”, disse
Ana Dalva que representou a entidade na saudação da Feira.
E
dentro dos encantos de um Feira como essa não poderia faltar muita animação nas
apresentações culturais, como o Zé Repentista e Reisado da comunidade Malhada
da Areia, teve também oficinas temáticas Desigualdades de Gênero, Sementes
Crioulas, Práticas de Produtos Naturais da Caatinga e Segurança Alimentar e
Nutricional junto a Comercialização Institucional, ambas realizadas por membros
da equipe do MOC, teve ainda Esclarecimento do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e da Declaração de Aptidão ao
PRONAF (DAPs).
Embora
tenha uma gama de atividades lindas e sabias em sua programação, o cheiro,
aroma, as delícias saborosas, o verde das hortaliças, as cores e texturas de
diferentes artesanatos sem dúvida são o que marca fortemente a Feira, produtos
que vem contradizendo o sistema capitalista e que e persistem na linha dos princípios
agroecológicos para sua produção no sentindo de respeitar a terra, as águas, as
sementes e toda biodiversidade, seguindo na coletividade e movimentação na
busca por conquistas que garanta mais direitos, autonomia e dignidade para as famílias
do campo, que como dizem “Se o campo não planta a cidade não janta”, pois são
essas mãos que alimenta a nação.
Na
oportunidade da Feira, houve um momento de debate sobre a atual conjuntura política
e como essa afeta diretamente e desastrosamente a vida dos agricultores/as, com
a corroboração de Célia Firmo (Coordenadora Geral do MOC) que explanou sobre qual
o projeto que a gente defende, afirmando que para mudar essa realidade na qual se perde
cada vez mais os direitos da classe trabalhadora, é preciso decidir por onde a
gente quer lutar e que acima de tudo essa luta não seja apenas para si e família,
mas para/pelo povo, persistindo então em um projeto de inclusão social com políticas
públicas participativas, democráticas e justas para homens e mulheres. Também
teve a fala do professor Erasmo Carvalho (CETEP Araci) sobre elementos que
caminha na perspectiva da a Convivência com o Semiárido.