Última etapa da 2ª turma do CRB reacendeu as chamas das lutas por direitos do povo

04/09/2018
Última etapa da 2ª turma do CRB reacendeu as chamas das lutas por direitos do povo

“Precisamos conhecer a realidade brasileira para assim transforma-la”. Essa foi à certeza que levou diversos militantes de universidades, movimentos populares e sociais a ampliar seus horizontes e fortalecer suas lutas através da 2ª turma do curso de Realidade Brasileira do Recôncavo da Bahia (CRB), que durante cinco etapas, começando mais precisamente no mês de abril do ano corrente e encerrando no final de semana dos dias 31 de agosto, 01 e 02 de setembro, em Feira de Santana, carregou sua enjerias e suas bagagens para seguir firmes, fortes e mais dotados de saberes sobre os fatos verídicos, e assim replicar e multiplicar em suas áreas de atuações.

A turma se dedicou a se debruçar e aprofundar seus conhecimentos durante uma linda e rica caminhada, perpassando pelo método marxista de análise da realidade, bem como o processo histórico de formação do povo brasileiro, com foco em suas origens étnicas e culturais, também estudos e reflexões sobre a formação das classes sociais no Brasil, teve ainda a questão agrária no Brasil, tudo isso aprofundado a partir das obras de autores como Celso Furtado, Caio Prado Jr, Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes, entre outros.

E seguindo essa linha se consolidou o 5º Módulo do 2º CRB com a temática “Revolução Brasileira e Projeto Popular”, estudando clássicos da teoria revolucionária, a história das revoluções do continente latino-americano e a importância desse debate para o Brasil atual, com corroboração da assessoria Olivia Carolino, economista e da militante da Consulta Popular. “Partimos do entendimento de que o capitalismo é um modo de produção mundial que desenvolve em formações socais econômicas especificas”, introduziu Olivia Calorino, dando subsídios para chegar à linha sobre o que é revolução e como se caminha para ela, no sentindo de se libertar das amarras desse país que historicamente escraviza a classe trabalhadora, que concentra riquezas nas mãos de poucos, que destrói e retira direitos do povo. 

Por isso, essa etapa do CRB reafirmou a necessidade urgente das mudanças na conjuntura politica do país e além das exposições de conteúdo, debates, reflexões, atividades em grupos dos Núcleos de Bases, o Curso foi marcado por místicas que retrataram a luta, força, persistência, como a fé, esperança e crença que a marcha seguida pela reconstrução do Brasil, em busca e defesa de um projeto participativo, democrático e de direitos dignos e justos para a classe trabalhadora continua até que ela de fato aconteça.

E por acreditar que outro mundo é possível, que o Movimento de Organização Comunitária (MOC) esteve presente, tantos com a participação de membros de sua equipe como com apoio na construção do CRB, nessa caminha, com resistência e insistência em fortalecer sua luta e dessa pelos direitos do povo, buscando sempre mais subsídios que comungue com sua missão institucional, 

Para a Coordenadora Pedagógica do MOC Vandalva Oliveira que participou ativamente de todo processo, o curso aconteceu num momento oportuno para fortalecer o processo de formação política das lideranças das organização, bem como para fomentar a prática de incidência sociopolítica, o engajamento dos lutadores e lutadoras num contexto desfavorável às conquistas sociais e de ameaça à democracia, assim acredita-se na perspectiva de elevação do nível sócio cultural e intelectual de liderança, que luta para construir um Sertão Justo, bem como a oportunidade de compartilhar e socializar conhecimentos e experiências com outras organizações sociais, que teimosamente insiste e resiste na defesa da democracia e dos direitos humanos no Brasil.

Vale lembrar que o CRB é uma parceria da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana com movimentos populares, que desde 2013 organizam o curso na cidade. Sendo selecionados  cursistas, dentre estudantes, professores, militantes de movimentos sociais e sindicais, com objetivo construir uma análise social, econômica, política e cultural sobre a formação do Brasil.



Por: Robervania Cunha
Programa de Comunicação do MOC