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A lutas das mulheres e o enfrentamento a violência
29/08/2018
“Companheira me ajude, eu não posso andar só, sozinha ando
bem, mas com você ando melhor”.
Entoando
os cantos de luta, mulheres, meninas e homens participaram da Roda de conversa municipal
sobre violência contra meninas e mulheres e os mecanismos de proteção
envolvendo homens e meninos, o tema faz parte do Projeto de Vínculos do
Movimento de Organização Comunitária (MOC) em pareceria com a ACTIONAID.
A
atividade aconteceu no distrito de Salgadália, município de Conceição do Coité,
contou com a presença de estudantes do Colégios José Ferreira de Oliveira e
Antônio Nunes Gordiano Filho, usuários/as do Serviço de Convivência e Fortalecimentos
e vínculos, além de representantes de associações e comunidade locais.
O objetivo
da roda de conversa foi construir caminhos viáveis e necessários com mulheres e
homens sobre as desigualdades de gênero e a superação da violência contra as
mulheres e meninas nos padrões de comportamento.
Diante
da metodologia para a atividade Selma Glória, coordenadora do Programa de
Gênero do MOC dividiu a fala com a psicóloga Márcia Daiane do CRAS de Conceição
do Coité, refletiram sobre as relações de gênero, os papéis atribuídos a homens
e mulheres e a divisão injusta do trabalho doméstico, além dos diversos tipos
da violência contra a mulher.
Segundo
Selma, as rodas de conversas conseguem passar segurança para as mulheres se
expressarem. “A gente trabalha numa perspectiva
da promoção da igualdade e equidade de gênero. Faz mostras do quanto
mulheres sofrem diariamente com a perca de seus direitos e como são sufocadas
pelo machismo. Acredito que são momentos ricos de conversas, de desabafos, de
vivências de realidade que já conseguimos transformar”, conclui.
Márcia
Daiane, reforça a necessidade de se falar sobre a violência que as mulheres
sofrem. “Diante dos dados, mulheres morrem simplesmente por serem mulheres,
elas morrem ou são espancadas a cada dois minutos. Uma realidade não de outro
estado, mas está aqui na nossa frente, no nosso município e na nossa
comunidade. É importante que aconteçam as rodas de diálogos para que a gente mostre
essa triste realidade e que as mulheres aprendam ainda mais a denunciar. ”
A estudante,
Vitória Gabriele, de 17 anos, ressalta sobre a atividade. “Eu achei bastante
interessante, porque abre os olhos da sociedade sobre a violência contra a mulher
e também como que é a participação dos homens nessas situações, e, que eles podem
fazer muito a diferença”. A jovem falou ainda de como pode contribuir no
enfrentamento a violência, “estamos o tempo todo nas redes sociais, a comunicação
é bastante importante e pode transmitir mensagens conscientes sobre esses e
outros assuntos”, conclui.
O
espaço da Roda de Conversa, faz parte da campanha Agosto Lilás, considerado o
mês de Conscientização Pelo Fim da a violência Contra Mulheres e celebra o
aniversário de 12 anos da Lei Maria da Penha.
Refletir
e desabafar são ações transformadoras na vida dessas mulheres que muitas vezes
sofrem a com as mais variadas formas de violência, principalmente a doméstica. Dialogar
sobre o empoderamento e
fortalecer as mulheres promovendo a construção de caminhos para a superação das
desigualdades de gênero e da violência contra as mulheres são a base para a
mudança nos espaços onde elas vivem.
Por Kívia Carneiro
Programa de Comunicação do MOC