O MOC esteve presente na construção e participação do I Modulo do II Curso de Realidade Brasileira (CRB)

16/04/2018
O MOC esteve presente na construção e participação do I Modulo do II Curso de Realidade Brasileira (CRB)

 “Entrei na luta da luta eu não fujo (...) Pra construir uma nova sociedade”. É na resistência e insistência em acreditar que um outro mundo é possível que o Movimento de Organização Comunitária (MOC) caminha na busca constante de subsídios que fortaleçam sua luta para o alcance da missão institucional, na sua tarefa de transformação social e estruturante. E foi por essa busca de renovação e soma de conhecimentos para levar as bases da labuta diária, que membros da sua equipe participou durante o final de semana de 13 à 15 de abril do I Modulo da II turma de do Curso de Realidade Brasileira do Recôncavo da Bahia (CRB), que trouxe em sua primeira etapa ensinamentos e reflexões sobre “Categorias básicas do Marxismo”, embasamento teórico que comunga com mundo democrático e popular que se anseia para a sociedade.

O CRB teve sua abertura na sexta-feira à noite, no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com uma palestra de Leidiano Farias, historiador e militante da Consulta Popular, com o tema "O Brasil de Verdade: O que está em jogo em nosso país?", traçando a real situação do país com a atual conjuntura, firmando meios possíveis para fortalecer e politizar o povo para continuar a luta e resistir aos retrocesso e as percas de direitos.

Nos dias seguintes, aprofundando mais os conhecimentos históricos fazendo links com o contexto atual do Brasil, o II CRB deu continuidade com Leidiano Farias, que de uma forma brilhante envolveu e contribuiu para o aperfeiçoamento de forma crítica aos cursista, que se dispuseram a beber de novas fontes para renovar saberes, esperanças e energias com embasamentos fortes para seguir a luta. Caminhando por temáticas como: Relação entre Existência e Consciência; Concepção de Totalidade, Particularidade e Contradição; Teoria Revolucionária e Concepção de Lutas de Classes; Aspectos e Concepções básicas da economia politicas Marxista e muito mais.

E para dar consistência a esse embasamento todo, a construção coletiva de II CRB foi fundamental para se consolidar essa etapa do Curso e fazer cada um/uma parte dele, pois foi com mística retratando o vivenciado no país, cantorias que reflete a caminhada dos movimentos sociais, disciplina, auto-gestão e organização do fazer pelos Núcleos de Base que dialogou e comungou das perceptivas de construção da Comissão Política Pedagógica (CPP) do CRB, além de trazer seus conhecimentos e vivências das suas áreas de atuações, seja nos movimentos como na própria vida, para acalentar e compartilhar suas experiências, somando a si e ao outo, no processo humanamente democrático e popular, assim como se deseja e acredita ser possível para construção de um novo mundo.

O CRB é uma parceria da Pró-reitoria de Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana com movimentos populares, que desde 2013 organizam o curso na cidade. Sendo selecionados 80 cursistas, dentre estudantes, professores, militantes de movimentos sociais e sindicais, com objetivo construir uma análise social, econômica, política e cultural sobre a formação do Brasil a partir de autores nacionais, como Caio Prado Jr, Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro, tendo assim uma compreensão mais aprofundada, a realidade brasileira, a partir dos estudos de obras e dos pensamentos de autores clássicos brasileiros, com a finalidade de fortalecer e fomentar uma práxis engajada e militante.

O MOC é parceiro na construção do II CRB, pois acredita que o curso acontece num momento oportuno para fortalecer o processo de formação política das lideranças na nossa organização, bem como para fomentar a prática de incidência sociopolítica, o engajamento dos lutadores e lutadoras num contexto desfavorável às conquistas sociais e de ameaça à democracia, assim acredita-se na perspectiva de elevação do nível sócio cultural e intelectual de liderança, que luta para construir um Sertão Justo, bem como a oportunidade de compartilhar e socializar conhecimentos e experiências com outras organizações sociais, que teimosamente insiste e resiste na defesa da democracia e dos direitos humanos no Brasil. “Não temos respostas para os problemas do mundo, mas temos como encorajar lutadores e lutadoras a fazer a revolução necessária” enfatizou Vandalva Oliveira (Coordenadora Pedagógica do MOC).



Por: Robervânia Cunha - PCOM/MOC
Foto: Lorena Carneiro (Comissão CRB)