Publicações
- Inicial
- Publicações
- Geral
Experiências que fortalecem a Convivência com o Semiárido com base na agroecologia foi apresentadas durante o FSM em Salvador
17/03/2018
#MOC_PorumSertaoJusto
Na Roda de diálogos:
Vivências para o Bem Viver no Campo e na Cidade, atividade proposta pela Tenda
de Convergências Agroecológicas, durante o Fórum Social Mundial (FSM) 2018,
diversas experiências foram apresentadas na confirmação das ricas
possibilidades de viver e conviver com a realidade do povo, na essência da
agroecologia, refletindo sobre a transformação social, que passa pela
necessidade da compreensão do significado da agroecologia, que vem propor um
modelo de desenvolvimento que valoriza a vida e a diversidade, ao contrário do agronegócio,
que deixa rastros de exploração e destruição.
Entre as experiências estava
a de Agilmario dos Santos acompanhado pela Chamada Pública de Assistência
Técnica e Extensão Rural - ATER executado pelo Movimento de Organização
Comunitária (MOC), no município de Conceição do Coité, que apresentou a prática de
agroindústria familiar com o Laticínio São Januário. “Estou vivendo um momento
muito feliz, mas de muita luta, dedicação e trabalho”, expressou o produtor.
Na busca de encontrar outros
meios de sobrevivências, o produtor Agilmario conta que morou durante algum
tempo na Capital baiana, mas viu que ali não era sua praia, então retornou para
seu interior e começou a trabalhar com o beneficiamento do leite, ou seja, com
a produção de laticínios, de inicio com o queijo artesanal e depois também com
a manteia, dentro dos princípios agroecológicos, pois produz sem aditivo químico,
sem corantes e sem conservantes, levando um alimento saudável para a mesa do
consumidor.
“Comecei a trabalhar
com laticínio tem 15 anos, depois que fui para o interior, mas sem orientação
de forma desorganizada, através do MOC, que me orientou a procurar o pessoal do
SIM, que são pessoas especializadas no assunto, por que sempre me preocupei com
a segurança alimentar para meus clientes, mas sem orientação, de um ano para cá
mudou muita coisa, o pessoal começaram a me orientar a fazer as coisas certas e
a ter desenvolvimento tanto no sentindo de crescer, como de qualidade. Então
hoje eu tô muito seguro do que eu faço, toda batalha que foi árdua, que foi
muito desgastante, vejo agora a recompensa”, contou o produtor.
Passando por diversas
dificuldades, como financeiras, período longo de estiagem, a falta de
orientação e apoio das políticas públicas, levou seu Agilmario a pensar em desistir.
“Eu já pensei muitas vezes em desistir, mas eu pensava em que procurava meu
produto e também precisam do meu laticínio, aquelas pessoas também que
trabalham comigo, que me fornece o leite, então vendo que deixar isso de lado
seria muito difícil e também quando eu vejo o empenho das pessoas que me ajudaram
bastante, aquela disposição, foi muito forte, me ajudou bastante a resistir e
continuar”, contou o produto ressaltando ainda que trabalha junto com sua
esposa Cristina e mais quatro pessoas que tira o sustento de sua família com a
geração de renda desse trabalho de laticínio.
Segundo Agilmario os produtos são bem aceito pelo diferencial que ele representa na questão saudável,
nos caminhos da agroecologia, que trabalha em harmonia com a natureza e
preservando a saúde e a vida das pessoas, por isso, se pensa em crescer e prosperar
conquistando cada dia mais espaços e conhecimentos teóricos e práticos que confirma
e afirma que é possível a Convivência com o Semiárido na sua realidade. “A ideia
que eu tenho é só fortalecer, antes eu era sozinho com o MOC conheci também
vários parceiros, que abraça nossa ideia, que tá lutando, mas o primeiro passo
e mais importante foi do MOC, que foi quem me convenceu. Estou vendo mais
possibilidades de crescer essa é minha esperança”, finalizou.
Por: Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC