Sessão Especial “Mulher e Democracia” aconteceu na ALBA em Salvador

02/03/2018
Sessão Especial “Mulher e Democracia” aconteceu na ALBA em Salvador

#MOC_PorumSertaoJusto


O mês de março é oficialmente considerado como da mulher. Mais que comemorar o ser sublime, forte, de coragem, perseverança, inteligência, dentre outas característica que lhe predomina, torando-a única, o mês faz um chamado para fortalecer as lutas
 em defesa e  busca dos direitos de igualdade de Gênero, em ambos os espaços da sociedade, como ainda o enfrentamento da violência contra as mulheres, que roubam sonhos e vida diariamente.

Dessa forma, que nesse 01 de março começou de maneira especial, por meio de uma ação importante, que incentiva essa luta por direitos democráticos das mulheres, como de liberdade e de vida, tratou-se de uma Sessão Especial “Mulher e Democracia” com o lançamento do livro “O Golpe na Perspectiva de Gênero”, organizado por Linda Rubim e Fernanda Argolo, requerido pela deputada Estadual, Neusa Cadore, coordenadora da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa da Bahia.

O Movimento de Organização Comunitária – MOC esteve presente para prestigiar esse momento e intensificar sua luta em na defesa pelos direitos e vidas das mulheres, através de Vandalva Oliveira (Coordenadora Pedagógica do MOC) e Ádila da Mata (Técnica do Programa de Gênero – PGEN/MOC). Para Vandalva essa Sessão de Mulher e Democracia, deixa clara a necessidade da resistência das mulheres em frente aos efeitos e consequências que o golpe tem trazido para a perspectiva da igualdade de gênero, que tem sido fruto da luta das mulheres historicamente no Brasil.

“Que as mulheres aproveitarem esse momento oportuno de mobilizações para continuar denunciando as injustiças, que o patriarcado causa na sociedade na vida das mulheres, mas também anunciando um mundo de igualdade e direito e de justiça no qual as mulheres querem viver. As mulheres querem construir esse mundo, por isso que muito mais que retoricas solidárias, nesse mês de março as mulheres querem compromisso da sociedade para combater a violência, compromisso das instâncias de poder promover o desenvolvimento da igualdade com ações concretas, com politicas públicas, que modifique e que transforme a vida das mulheres, mas digna, mais descente é isso que a gente quer”, comentou a Coordenadora Pedagógica do MOC.

“Para nós é sempre muito gratificante abrir a casa do povo, essa Assembleia, para dar voz aos diversos seguimentos, assim como o de hoje”. Relatou a deputada Neusa após dar abertura a Sessão, saudando e agradecendo as diversas e importantes figuras que compôs a mesa, como Olivia Santana (Secretária Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia), Julieta Palmeiras (Secretária de Politicas Públicas para Mulheres), João Carlos Salles (Reitor da UFBA), Celi Regina Pinto (Professora Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Elisângela Araújo (Fórum Baiano de Agricultura Familiar), Linda Rubim (autora do livro), entre outras.

Um agradecimento especial foi dedicado às autoras do livro, pois esse material direciona para a luta das mulheres em defesa da democracia e dos direitos, nos diversos seguimentos da sociedade, principalmente na política. “Tenho Certeza que este livro vai ser um instrumento importante para nossa atuação em diversos espaços.”, afirmou a deputada, agradecendo a todas que estão assumindo o protagonismo de muitos espaços contra o golpe de estado que afeta diretamente a vida das mulheres e da classe trabalhara, lembrando ainda que nos dia 16 desse mês a Bahia sediará a Assembleia Mundial de mulheres, com o tema Mulheres resistência e Transformação. “Nós sabemos da força que carregamos, somos fortes e juntas continuemos a luta avante”, finalizou Cadore.

A professora Linda Rubim (autora), levou em sua explanação a esperança e a força que a motivou na escrita desse livro, fazendo um convite à reflexão do impacto do golpe para a participação da mulher na política do Brasil. “Por meio desse debate as mulheres tem que ter empoderamento político. A mulher precisa ter mais confiança em ocupar esse espaço realmente na sociedade (...). Não podemos deixar esse golpe nos fragilizar”, enfatizou a autora, pedindo o compartilhamento dessa esperança e crença na mulher ocupando espaços democráticos e dignos na sociedade.

Assim, para Vandalva o mês de março tem sido um momento em que os discursos solidários da igualdade do protagonismo das mulheres ele vem em muitas narrativas, mas muito mais que essas narrativas, nos queremos mudanças concretas e é por essas mudanças que as mulheres continuaram nas ruas, resistindo em diferentes trincheiras de lutas para construir um sertão justo, um mundo mais igual.

“É preciso que as mulheres sejam respeitadas como sujeito de direitos, que tem direito a uma vida sem violência, que direito a participação politica, que tem direito a ter espaço nas câmeras de vereadores, nas assembleias legislativas, no congresso, no senado nacional, na presidência da republica sem ser expulsa nem retirada seu direito de participar e também de decidir, então é isso que a gente quer, é aproveitar esse momento para apoiar, incentivar e junto com as mulheres está nos espaços, discutindo que democracia só se faz com igualdade para todas as pessoas, por isso essa é uma bandeira de luta das mulheres e continuará sendo para além do mês de março”, destacou Vandalva.




Por: Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC