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Campanha Pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico fez parte da Caravana MOC 50 Anos em Nova Fátima
30/09/2017
#2017MOC50Anos
#PorumSertaoJusto
Durante a passagem da Caravana MOC 50 Anos, em Nova Fátima, nesse 29
de setembro, um espaço importante para descontextualizar a cultura do machismo, que o trabalho doméstica precisa ser feito apenas por mulheres, foi aberto com
a oficina da Campanha Pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico, que traz a
proposta de se pensar que Direitos são para Mulheres e Homens. Responsabilidade
também.
A atividade, que foi conduzida pelas técnicas Cátia Souza e Ádila da
Mata do Programa de Gênero (PGEN) do Movimento de Organização Comunitária – MOC,
depois da apresentação do cinquentenário do MOC, trouxe uma reflexão sobre as
relações sociais de gênero, quais as diferenças existentes no ser homem e no
ser mulher na sociedade. Logo após exibiu o filme “Sonho Impossível”, que trata
das desigualdades existentes nas relações sociais de gênero.
Em outro momento, as técnicas abriu a discussão sobre o porquê à divisão
de trabalho doméstico é importante, percorrendo a linha de: Esse trabalho é só
para mulheres? Como a vida das mulheres são afetadas? Como pode superar essa
divisão injusta? A partir da analise dessas inquietações foi apresentado à
proposta para o lançamento da Campanha no município, vale ressaltar que está
campanha foi lançada primeiro pela Rede Feminismo e Agroecologia do Nordeste e
apoiada por diversas instituições, entre elas o MOC.
O público que participou da oficina, ainda confeccionou cartazes
retratando a divisão justa, o respeito ao espaço da mulher em casa e na
sociedade e o enfrentamento à violência conta as mulheres, que foram expostos na
plenária da culminância e no ato da caminhada realizada pela Caravana. “Precisamos
romper com a força do Patriarcado e do machismo responsável pela divisão
injusta e invisibilidade do trabalho doméstico, que oprime e compromete deste muito
cedo, a vida das mulheres”, enfatizou Cátia.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais local, Antônia Oliveira
expressou como é essencial conhecer seus direitos e deveres, assim como
garantir seu espaço igual e justo nessa sociedade. “É uma riqueza muito grande
esses conhecimentos sobre nossos direitos, pois muita gente ainda pensa do jeito
que a sociedade mostra, que trabalho de casa é da mulher. Nesses espaços mais
mulheres começam a refletir sobre a igualdade e é assim que vamos acabando com
esse preconceito”, frisou dona Tonha como
é conhecida.
Maria Semir Silva, da comunidade Sinuque, diretora do Sindicato, pela
secretaria de mulheres e jovens. Relatou sobre a importância de levar esses conhecimentos
também para casa. “Depois desse programa de gênero muita coisa melhorou. Foi um conhecimento rico um reforço para ser levado para trabalhar com as famílias
para que todos tenham deveres e não só as mulheres”, ressaltou Semir.
Ao som de muitas vozes, o canto: “Acorda Maria bonita, levanta se você
quiser, o mundo já vem mudando e o café também faz José”, que o lançamento da Campanha
Pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico, chegou no local onde acontecia Audiência pública territorial sobre mercados institucionais com as Redes COOPEREDE e
Arco Sertão Bahia, que também foi realizada por essa Caravana, com alguns
representantes da gestão pública, de cooperativas, de Redes de empreendimentos
e agricultores/as.
Por: Robervania Cunha
Foto: Alan Suzarte
Programa de Comunicação do MOC - PCOM