Tanquinho sedia o oitavo Ato "O Campo com Gente e com Direitos"

05/08/2016
Tanquinho sedia o oitavo Ato

Um campo com gente, com direitos, com vida digna e com a garantia das políticas públicas de convivência com o Semiárido é a proposta dos atos públicos que acontecem há um mês e meio em diversos municípios do Território do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão.

Nesta sexta (05), agricultores e agricultoras familiares de diversas comunidades da cidade de Tanquinho, representantes do poder público e os organizadores do evento no local: MOC, Movimento de Mulheres, Sindicato de Trabalhadores/as Rurais (STR), Cesol, Apaeb, Bahiater e CUT, participaram do oitavo destes atos públicos “O Campo com Gente e com Direitos”.

O ato realizado na sede do Trapiá Clube fez parte da programação da Semana do Agricultor Familiar e da celebração dos 30 anos do STR do município. Assim como os demais atos que já aconteceram nos municípios de Riachão do Jacuípe, Santaluz, Feira de Santana, Serrinha, Araci, Santo Estevão e Conceição do Coité tem por objetivo celebrar as conquistas obtidas nos últimos anos com a política de convivência com o semiárido e lutar pela garantia dos direitos.

Representando o MOC, o técnico Gilson Almeida falou das conquistas fazendo um resgate de como era a vida antes do conjunto de políticas públicas que transformaram a vida de muitos brasileiros, a exemplo das cisternas de consumo e produção, que já beneficiaram mais de um milhão de famílias. Em seguida falou dos retrocessos contextualizando sobre umas das maiores crises na conjuntura política e econômica brasileira agravadas com recentes decisões adotadas pelo governo interino, a exemplo do fim dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social. "O direito que já adquirimos se não tivermos cuidado poderá ser um direito perdido", pontuou.

A agricultora Luzia dos Santos, 66 anos, da comunidade do Tomba, por algumas vezes ratificava a importância das políticas de convivência com o Semiárido. "A minha semente de comer é uma e a de guardar é outra. Quando chove eu tenho para plantar. Não fico esperando vir dos outros", disse numa de suas falas.

Ao final do evento alguns dos agricultores/as presentes receberam Termos simbólicos de tecnologias, como cisternas de consumo e produção e de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Por:
Maria José Esteves
Programa de Comunicação do MOC