MOC realiza entrega de alimentos e produtos de higiene para famílias de Riachão do Jacuípe afetadas pela enchente

01/06/2016
MOC realiza entrega de alimentos e produtos de higiene para famílias de Riachão do Jacuípe afetadas pela enchente

O Movimento de Organização Comunitária – MOC, em parceria com a Pastoral da Criança e da Casa de Misericórdia do Centro Voluntário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição do município de Riachão do Jacuípe, fez hoje, 01, na sede do Centro de Voluntários, a entrega da aquisição de itens alimentícios e produtos de higienização pessoal para as famílias com crianças que sofreram com a enchente em janeiro deste ano.

Logo no inicio do ano
por conta da chuva e a enchente do Rio Jacuípe, centenas de famílias ficaram desabrigadas e perderam tudo. O MOC juntamente com sua equipe técnica organizou uma campanha para recolher colchões, roupas, alimentos, água, material de higiene e limpeza, para ajudar essas pessoas.

Para, além disso, o MOC elaborou um projeto de Apoio Emergencial ao Município Riachão do Jacuípe no qual teve a parceria com a KnH, uma ONG da Alemanha que desenvolve ações voltadas para crianças e adolescentes e contribuiu com a iniciativa.

O atendimento para essa ação adquiriu cerca de 200 fraldas descartáveis; 300 pacotes de leite em pó; 600 pacotes de mistura para mingau; 300 unidades de creme para assadura; 400 unidades de sabonete infantil e mais subsídios para compra de remédios e material para limpeza coletiva que serão doados para famílias que afetadas pela enchente.

Na entrega, realizada hoje, 01, parte da equipe da Pastoral da Criança, cerca de 20 mães, representante do poder publico, além de crianças e equipe técnica do MOC representado por Vandalva Oliveira coordenadora pedagógica, participaram da ação, que trouxe um abreve apresentação do MOC e da proposta do projeto.

Para Vandalva a solidariedade precisa estar atrelada a união em prol do próximo.
“O MOC não está fazendo nada mais nada menos do que cumprir a sua missão  que é de promover o desenvolvimento das pessoas a partir daquilo que lhe é necessário, uma ação emergencial como essa, pra dizer que se há necessidade ela não pode esperar e é por isso que o MOC tem uma frente de ação muito forte no campo da incidência política da proposição e controle social e até mesmo no seguimento de políticas públicas”. Expressa a coordenadora.

Vandalva ressalta também que “a dimensão da cooperação para contribuir com as famílias que precisam frente a essa catástrofe é uma ação que a gente preferia não fazer porque há sempre uma situação trágica. Mas é sempre necessário fazer, pois colaborar com as pessoas na hora que ela necessita é fundamental, não apenas pela instituição, mas também como irmãs e irmãos solidárias/os, porque a fome, a doença, as necessidades básicas não esperam, elas tem pressa”. Completa.

Segundo Rosimeire Silva Santos, mãe de oito filhos, sobrevivente a tragédia fala agradecendo pela vida da família que sobreviveu, na época ela estava grávida de 9 meses. “Perdi muita coisa. Colchão, guarda-roupas, geladeira, fogão, mas conseguir salvar as roupinhas do meu bebê. A gente passou os três primeiros dias tristes, o que mais me angustiou foi sentir fome, e o que eu encontrava dava para os filhos. Aos poucos estamos nos ajustando. Aqui agora receber essas doações para meu filho é motivo para a gente agradecer a Deus por tudo”. Completa Meire, como é conhecida.

A coordenadora da Pastoral da Criança no município, Maria Nilza Souza Guimarães, diz que “é muito gratificante ver o comprometimento de uma entidade como o MOC numa ação como essa, porque na verdade nós não temos nada pra dar as famílias fazemos um
 trabalho voluntário direcionado a igreja onde levamos sempre o evangelho, a palavra amiga e a conversa. Pois o trabalho da pastoral é a orientação das famílias que precisam do nosso apoio e depois desse desastre ainda mais cuidar das pessoas. Para nós está junto com o MOC e seus parceiros nessa ação é permitir para que as crianças tenham um mínimo de conforto”.

Vandalva Oliveira montou junto à equipe da Pastoral da Criança uma comissão pra realizar a entrega dos itens as demais famílias.


O Centro de Voluntários

A Casa de Misericórdia do Centro de Voluntário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição existe há mais de 30 anos e contribui com a acolhida de muitas famílias carentes do município. O Centro de Voluntários tem apoio de pessoas de Riachão e o incentivo maior da Paróquia local na pessoa do pároco Alexandro.

Atualmente, dona Maria José dos Santos Silva, conhecida como dona Zezinha, cuidadora do Centro, ressalta a alegria de atender pessoas no espaço que disponibiliza de profissionais voluntários da área da saúde e assistência social para cuidar das 50 pessoas, em média, que usufruem dos serviços semanalmente. “O que queremos são pessoas que conheçam o Centro e ajudem as pessoas que mais precisam”. Ressalta dona Zezinha.


Por Kívia Carneiro
Comunicóloga
Programa de Comunicação do MOC