PETI completa doze anos

10/06/2009

Desde o ano de 2002, o dia 12 de junho, foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), como o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.
Nesta temporada, surgem muitas discussões acerca deste tema e da construção de estratégias eficazes contra a sua prática.

Trabalhando sobre essas questões, na Bahia destaca-se o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que desde maio de 1996, atua no combate ao trabalho infantil, assistindo crianças com até 15 anos de idade, e ajudando nas questões financeiras e no desenvolvimento educacional.

O PETI teve início nos municípios de Santa Luz, Retirolândia, Conceição do Coité e Riachão do Jacuípe. Atualmente está presente em municípios nos quatro territórios: Sisal, Bacia do Jacuípe, Portal do Sertão e Baixo Sul e vem enfrentando algumas dificuldades.

Há uma carência no número de monitores e falta acompanhamento pedagógico adequado para monitorar as suas ações. Um outro problema é a respeito do atraso dos salários. Há aproximadamente um mês, os monitores que foram contratados estão sem receber e sofrem as conseqüências dessa situação.

Para Guiomar de Jesus Araújo, monitora do PETI no município de Nordestina, essa circunstância é preocupante, visto que desmotiva os monitores a realizarem os seus trabalhos, como também, reflete na realização das atividades com as crianças. “Muitos monitores estão parados e sem dar continuidade as suas ações, isto afeta não só a classe, como as crianças, e, além disso, prejudica toda a proposta que é trabalhada pelo PETI”, afirmou ela.

O PETI na Bahia-A Bahia, já foi exemplo no combate ao trabalho infantil. Um número significativo de crianças e adolescentes deixou trabalho infantil para participar em um turno da escola regular e em outro das ações socioeducativas oferecidas pelo PETI. Foi alcançada uma meta de quase de 110 mil crianças que deixaram de trabalhar e passaram a freqüentar quatro horas de atividades complementares à escola, com atividades lúdicas, artísticas e de reforço .  
 
Hoje, com algumas dificuldades  e pela falta de incentivos governamentais,a Bahia voltou a liderar o ranking dos estados, onde há forte presença do trabalho de  meninos e meninas. Para Bernadete Carneiro, técnica do Movimento de Organização Comunitária (MOC), este é um quadro que merece maior atenção e interesse das autoridades. “O grande desafio é não deixar de trabalhar e continuar cobrando medidas, para que sejam oferecidas políticas públicas de combate ao trabalho infantil.", disse.
 

 

 


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