Técnica do MOC é destaque no Dia Internacional da Mulher

09/03/2016
Técnica do MOC é destaque no Dia Internacional da Mulher

A nossa colega Soraia Jane, técnica do Programa de Desenvolvimento Institucional do MOC, foi convidada nesse dia 08 de março - Dia Internacional da Mulher para falar sobre o quanto teve sua vida transformada após o nascimento de sua filha Maria Victória.
Sentimos muito orgulho em compartilhar o exemplo de vida de Soraia retratado no belo texto da jornalista e ex colega Rachel Pinto, com fotos de Ed Santos, divulgado no site local Acorda Cidade:

Dia da Mulher: conheça histórias de mulheres que tiveram a vida transformada após fatos marcantes

Ninguém nasce mulher, torna-se mulher, já dizia a escritora Simone de Beauvior. Tornar-se mulher é então refletir sobre condições, valores sociais, educação e principalmente é o refletir sobre o que é ser humano. Escolhemos para celebrar o Dia Internacional da Mulher, duas histórias de mulheres que se tornam mulheres a partir do momento que refletem sobre suas vidas, suas histórias e suas transformações.

Uma mulher que reflete e se define enquanto mulher como mãe e outra mulher que descobriu que a leveza trás fluidez para o movimento da vida e dos bons sentimentos. Duas histórias distintas, com suas particularidades, que se encontram no momento do tornar-se mulher. Do desabrochar em ser mulher, em ser forte e capaz, aprender e buscar a humanidade.

Não há dúvidas de que a maternidade aflora a sensibilidade de uma mulher. Ainda mais quando essa sensibilidade surge mais forte depois dos 40 anos e vem acompanhada de uma vitória e de uma situação especial que mudou a vida de uma mulher e de toda uma família.

Soraia Rios Carvalho é uma das nossas personagens. Uma mulher que vamos contar um pouco da sua história, em especial a sua história de mãe, ou melhor, super mãe: de João Pedro, Pedro Henrique e Maria Vitória.

Conhecida por todos pela sua sinceridade, seu jeito muito decidido e sua personalidade forte, ela não imaginava que depois de ser mãe por duas vezes, uma nova maternidade com 42 anos ia mudar completamente sua vida e o modo de encarar o mundo.

A princípio a novidade e a felicidade de ser mãe de uma tão sonhada menina. Depois a surpresa e os novos desafios e preocupações de ter uma filha com síndrome de down. Maria Vitória veio esperada com muito amor e além de homenagear o time de coração do papai Aurélio, o Vitória, a menina veio também trazendo muitas conquistas para o novo momento da família Rios.

Para Soraia, a nova experiência com a pequena Maria Vitória, hoje com três anos, mudou completamente a vida de todos. Trouxe um novo olhar, com mais amor, mais caridade e mais pureza. “Ela veio para a gente muito pura. Como se a gente tivesse que fazer uma limpeza no nosso coração e avaliar o que serve e o que não serve mais. O que não serve a gente tem que jogar fora e cultivar só os sentimentos bons, os valores bons”, afirmou.

A transformação veio depois de muitas lágrimas, dúvidas e preocupações. Depois de ouvir uma lição e palavras de força do filho mais velho João Pedro, a mulher que já era uma mãe amorosa e protetora, passou a refletir mais sobre os pequenos detalhes da vida e os valores fundamentais para a harmonia e o bom convívio familiar.

“Eu era uma mãe amorosa, protetora, mas era uma mãe que talvez trouxesse para o dia a dia coisas que não valiam a pena, valores que não me levariam a nada e esse foi o diferencial. No início a gente chora o luto, chora o luto porque a gente esperava um filho ‘perfeito’, mas, o que é a perfeição? Quando meu filho de 12 anos me viu chorando, chegou pra mim e disse: Minha mãe, você vai chorar até quando? Porque você vai chorar? Eu não sei porque você vai chorar. Ela é igual a mim e a Pedro, não tem porque você chorar. Então eu olhei para aquele menino, que parecia um adulto, um gigante e nessa hora eu sequei as minhas lágrimas e disse: De hoje em diante eu não choro mais”, contou.

As lágrimas de Soraia, de incerteza e preocupação deram então lugar às novas descobertas junto à Maria Vitória que trouxeram renovação e lapidaram o coração e o jeito de ser de cada membro da família. “A cada nascimento de filho a gente se renova. Maria trouxe muito amor e veio para lapidar os diamantes brutos da minha casa. E entre eles, estou eu. Ela veio nos ensinar a viver melhor”, relatou Soraia.

Hoje, depois de três anos de muitos aprendizados, a mãe agradece pela graça de sua filha e da sua perfeição diante dos olhos de Deus. “Ela não tem até então nenhum problema de saúde. A rotina dela é igual a dos outros meninos, claro que no tempo dela. Os meninos um pouco mais adiantados ela um pouquinho menos, mas até hoje ela tem feito de tudo e o amanhã pertence a Deus”, disse.

Segundo Soraia, sua melhor definição de mulher é ser mãe. Ela explica que cada filho é especial e não existe amor igual. “Enquanto mulher o mais importante pra mim é ser mãe. Eu não fui mãe três vezes por acaso. Eu amo ser mãe. Posso não ser a mãe perfeita, mas tento dar o máximo de mim. Isso para é a melhor parte de ser mulher.”