Depois de embate o diálogo com o Governador foi garantido

20/11/2015
Depois de embate o diálogo com o Governador foi garantido

“Se o agricultor para ser ouvido precisa tomar spray de pimenta na cara, que assim seja”, dizia um dos 600 participantes da mobilização proposta pelo Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF), ASA Bahia, Associação das Escolas das Comunidades e Famílias Agrícolas da Bahia (AECOFABA) e Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido (REFAISA), que reivindicavam uma audiência com o governador Rui Costa para tratarem de temas como assistência técnica, aprovação e regulamentação da Lei e implantação do Programa de Convivência com o Semiárido, educação do campo contextualizada, apoio a escolas de família agrícola e suporte para aquisição de tecnologias de armazenamento de água para produção agrícola no Semiárido.

“Nós estamos aguardando o Secretário entrar em contato com a equipe que faz a agenda do governador e nos passar a posição sobre o horário da nossa audiência com ele. Estamos na expectativa de sentar com ele ainda hoje ou se terá uma agenda para fazer isso ainda essa semana”, anunciava Célia Firmo, Secretaria Executiva do Movimento de Organização Comunitária (MOC), que fez parte da comissão recebida  pelo secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, horas antes do incidente nesta quinta-feira (19), na sede da Governadoria do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Embate
Com barreiras de ferro e spray de pimenta, o embate entre seguranças, policiais e manifestantes aconteceu quando os participantes decidiram entrar na Governadoria depois de horas de grande expectativa e nenhum retorno sobre a audiência que há 45 dias vem sido tentada. 

Com os ânimos já acalmados a comissão formada por representantes de algumas entidades integrantes do Fórum, dentre elas o MOC, foi mais uma vez recebida pelo secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, com a participação do secretário da Casa Civil, Carlos Melo.  Desde diálogo resultou um encontro com o governador no dia 9 de dezembro e a liberação de recursos para alguns projetos pendentes, que serão pagos até o próximo dia 08 de dezembro, segundo Carlos Melo.

“Muito importante lutar pelos nossos direitos. Mais importante ainda é a união de povos e entidades, porque se fosse um só não conseguiria marcar a audiência com o Governador nem a liberação de verbas para projetos sociais. Temos cooperado que pela primeira vez viram de perto o que é uma luta pelos direitos e saíram fortalecidos e entusiasmados, porque descobriram que não precisam ter lado político para se conseguir as coisas e sim que é preciso lutar para isso”, ressaltou Celidalva Soares, presidente da Cooperage, instituição localizada em Ichu.

Por:
Maria José Esteves
Jornalista/Programa de Comunicação do MOC