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O Centro Público de Economia Solidária, junto a representantes de seis cooperativas assessoradas pelo Programa Mais Gestão (MOC/MDA) e do núcleo diretivo do território Baixo Sul, além da Câmara Setorial do Guaraná da Bahia, conheceu a experiência da Arco, rede que junto à Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte gerencia o Cesol do Portal do Sertão e municípios do Sisal. A troca de conhecimento que tem por objetivo a criação de um Centro de Cooperativas na região Baixo Sul, aconteceu neste dia 17, no Armazém de Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Serrinha.

“Existe um mercado fantástico que não está sendo atendido adequadamente. O mercado é altamente demandante e precisamos ocupar com mais habilidade”, observou o professor Mestre em Administração da UEFS, Antônio Argolo, que realizou junto ao Movimento de Organização Comunitária - MOC, um estudo sobre as oportunidades de mercado para agricultura familiar. 
O técnico do Mais Gestão do território Baixo Sul, Marcos Luís, afirmou que aproveitaram a oportunidade para, além de adquirir conhecimentos sobre o estado do mercado disponível para as cooperativas formalizadas da região, conhecer o funcionamento de uma experiência bem sucedida da iniciativa que querem implantar. A presidente da Arco, Eleneide Carneiro colocou-se a disposição para ajudá-los no que for possível.

Argolo destaca que a busca por ocupação de novos mercados não visa o afastamento do mercado institucional, mas o fortalecimento e segurança dos empreendimentos que, para se estabelecerem de forma duradoura, com sustentação financeira e econômica, precisam ocupar o espaço disponível para produtos agroecológicos, orgânicos, naturais e outros seguimentos no mercado convencional. “Esses empreendimentos já ocuparam uma fatia relativamente pequena desse mercado e tem condições internas de produzir e ocupar muito mais, para que as famílias já incorporadas neste comércio possam assegurar e aumentar a renda familiar”, pontuou.

Segundo Gisleide do Carmo, coordenadora do Programa de Fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários (PFEES) do MOC, quando concluída, a pesquisa será apresentada para os governos, Estadual e Federal, como uma ferramenta que abre possibilidades para cooperativas e associações do território, com o propósito de angariar recursos para suporte em gestão e investimentos nas estruturações. O documento também será disponibilizado impresso e em arquivo para os 42 empreendimentos acompanhados pelo Projeto Mais Gestão.

Foi destacada também a importância das feiras livres para que os empreendimentos comercializem. Segundo o professor, este mercado deve receber melhor estruturação das gestões públicas, além de ocupar espaços mais centrais e menos periféricos, tendo espaço específico para agricultura familiar, que já recebe uma compreensão popular quanto a responsabilidade social, cultural e o fator de seus produtos serem mais saudáveis.

 

 

Fonte: Laís Souza - Cesol