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Movimentos se unem para ecoar o Grito dos Excluídos 2015
24/08/2015
Com a participação de técnicos do Movimento de Organização Comunitária (MOC), aconteceu em Feira de Santana, no último dia 22 de agosto, a Plenária Popular da Constituinte e Grito dos Excluídos, organizada por movimentos e organizações sociais.
Várias entidades preparam o Grito dos Excluídos que acontece anualmente no dia 7 de Setembro em todo o Brasil, e em 2015 chega a sua 21ª edição com o lema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”. O Grito dos Excluídos é um movimento articulado nacionalmente com o objetivo de unir forças para lutar por aqueles que não têm vez na sociedade. Nestes anos de caminhada foram incorporados novos atores sociais que tem a tarefa de reforçar o processo e unir àqueles que vivem a cada dia o compromisso da superação da miséria e exclusão.
A Plenária aconteceu durante todo o dia e foi realizada na Chácara Santo Inácio, localizada no bairro Queimadinha reunindo representantes da igreja, movimentos sociais e sindicatos, além de pessoas de Feira e de outros municípios, lideranças comunitárias e organizações interessadas em buscar saídas democráticas para a crise do país no intuito de discutir a atual conjuntura política e construir um calendário unitário de lutas.
Segundo a técnica do MOC, Ana Glécia Almeida, que compôs a mesa com outras representações, o tema deste ano ressalta a luta pela garantia dos direitos ao acesso aos meios de comunicação. “Também nos leva a outra reflexão que é um país que mata, uma mídia que engana, que manipula, que maqueia, e que não comunica, principalmente num contexto de crise, porque a burguesia se sente afrontada pela população que era excluída ao acesso aos direitos e agora diz ‘eu tenho direitos, eu quero meus direitos e vou lutar por eles’”, enfatiza
Diálogo coletivo
O encontro reforçou o diálogo entre as pastorais e movimentos sociais, partindo de elementos que conjugam forças, conteúdos e metodologias que favorecem o processo democrático para denunciar e desmentir a mídia que defende aos interesses das classes dominantes, bem como exigir que o Estado assuma suas responsabilidades na garantia de direitos dos seus cidadãos e cidadãs.
Segundo Thays Carvalho, direção nacional da Consulta Popular, “a Plenária acontece num momento delicado do cenário político nacional, em que o avanço de uma política conservadora ameaça os direitos dos trabalhadores e a própria democracia do país”.
Participaram ativamente do encontro outros movimentos como a Consulta Popular, Via Campesina, o Levante Popular da Juventude, CUT, a Cáritas, Movimento dos Sem Terra, Movimento de Pequenos Agricultores e a Marcha Mundial das Mulheres.
“O desafio que está posto aqui é nos unir e compreender o que está acontecendo, desmentir esse discurso da mídia que é porta voz de interesses e não do povo brasileiro, e não podemos simplesmente absorver e assimilar o discurso que a mídia quer impor. Precisamos construir juntos nosso próprio discurso”, ressalta Thaís.
Seguindo a programação, à tarde foi organizado um calendário unitário de ações entre as entidades e municípios presentes, feitos encaminhamentos das agendas de lutas e agendado para o dia 05 de outubro deste ano, o lançamento da Campanha da Constituinte e realização de assembleias constituintes populares nos bairros. A expectativa do movimento para este ano é também conseguir um bom número de participantes para o Grito dos Excluídos.
Por:
Maria José Esteves
Programa de Comunicação do MOC