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Gênero e agroecologia são debatidos durante oficina
10/11/2008
No dia 07 de novembro, foi realizada na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a oficina: Gênero e a sua Perspectiva para um Desenvolvimento Territorial Sustentável. O evento foi uma realização da UEFS em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e contou com a presença da professora Ana Sabaté Martinez, da Universidade Complutense de Madri (UCM).
Participaram do encontro cerca de 40 pessoas, entre estudantes, professores e lideranças femininas de diversos grupos da região do Sisal e municípios vizinhos, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Rede de Produtoras da Bahia e Coletivo Regional de Mulheres.
A professora apresentou as suas experiências e a sua pesquisa sobre gênero, realizada na Espanha, discorreu sobre as relações entre homens e mulheres na sociedade, alem da importância da agroecologia como garantia de desenvolvimento territorial sustentável e perspectivas positivas diante das questões de gênero.
Para ela, o desenvolvimento territorial sustentável só pode existir se apresentar como um de seus objetivos principais a redução das desigualdades entre homens e mulheres. Segundo a professora, o enfoque de gênero deve ser transversal em todo o processo de desenvolvimento.
“Em relação a homens e mulheres, nenhuma intervenção é neutra, mas a probabilidade é que existam efeitos diferenciados em ambos os sexos. Além disso, o empoderamento das mulheres deve ter como conseqüência final a capacidade de tomar decisões a cerca, da sua vida, do seu corpo e do papel que exerce na comunidade”, afirmou ela.
Gênero e Agroecologia- Diante da pesquisa realizada, a professora, fez observações sobre as relações de gênero e agroecologia, e criou um momento de troca de experiências com as lideranças femininas e agricultoras familiares. Ela pautou as práticas agroecológicas realizadas pelas mulheres, como uma forma de sustentabilidade social, econômica, ambiental e cultural e promoção de um sistema econômico socialmente justo, sustentável para a preservação do meio ambiente e enriquecedor, de forma que valoriza a cultura local.
Dentre os encaminhamentos da oficina, foi constatado que agroecologia é uma forma de fortalecimento e de organização participativa para as mulheres que precisa de maiores incentivos e valorização. Além de investimentos do governo para a produção e comercialização.
Claudenice dos Reis Mota Oliveira, integrante da Cooperativa da Agricultores Familiares e Grupos de Empreendimentos Solidários (COAFS), de Conceição do Coité, definiu a oficina como uma oportunidade para conhecer de perto as experiências de gênero de outro país. “Só veio acrescentar uma vez que essas ações e perspectivas podem ser exemplo para os grupos e articulações de mulheres da região” ressalta Claudenice.
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