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O Projeto Mãos que Trabalham: transformando a vida das mulheres dos Territórios do Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão, desenvolvido pelo Movimento de Organização Comunitária, foi premiado como uma das melhores práticas que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). 

A cerimônia de entrega do Prêmio ODM Brasil aconteceu no dia 29 de outubro, no Palácio do Planalto, em Brasília. O Prêmio ODM foi lançado em 2004 com a finalidade de incentivar, valorizar e dar maior visibilidade às práticas que contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, tornando estas práticas como referência de políticas públicas.

O projeto Mãos que Trabalham concorreu com mais de 1.100 práticas inscritas, que foram avaliadas nos seguintes critérios: contribuição para o alcance dos ODM; caráter inovador; possibilidade de tornar-se referência para outras ações similares; perspectiva de continuidade ou replicabilidade; integração com outras políticas; participação da comunidade; existência de parcerias; e manutenção da qualidade nos serviços prestados.

O reconhecimento do trabalho - Dos projetos que concorreram, foram premiados 12 da Sociedade Civil e oito de Prefeituras. Para Célia Firmo, coordenadora pedagógica do Movimento de Organização Comunitária (MOC), foi um momento muito emocionante. “É muito gratificante perceber a importância da atuação das organizações da nossa região, e esse foi de fato um dos momentos que podemos visualizar como nosso trabalho é importante e nos faz cada vez mais ter certeza de que estamos no caminho certo rumo à construção de Um Sertão Justo”, afirma.

Integrante do grupo Mulheres em Movimento, Martinha Nery de Machado,moradora do distrito de Jaíba foi representar o grupo durante a premiação, para ela a viagem teve um sabor especial, de reconhecimento do trabalho de todas. “Foi algo que buscamos muito, moro no distrito, onde as oportunidades são poucas, e o projeto foi a oportunidade de mudar nossas vidas porque potencializou a nossa produção”, conta entusiasmada com a viagem de avião, a primeira feita em sua vida.

Com o apoio técnico, capacitações, o grupo que antes sobrevivia da doação dos próprios integrantes, conseguiu material para ampliar a produção, hoje se auto-sustenta e gera renda. O grupo Mulheres em Movimento trabalha com a produção de alimentos, já o grupo Mulheres de Fibra, que foi representado por Valmira Lopes, trabalha com o artesanato de palha e sisal, ambos integrantes da Rede de Produtoras da Bahia.

O projeto Mãos que Trabalham foi iniciado em 2006 e com o patrocínio da Petrobrás tem capacitado mulheres que integram grupos de produção nos Territórios Bacia do Jacuípe, Portal do Sertão e Sisal, dentro dos princípios da economia solidária para que se tornem alternativas sustentáveis de trabalho e renda e favoreçam a transformação qualificada na vida das mulheres envolvidas, promovendo a cidadania.