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“O MOC contribuindo para a garantia dos direitos da infância e juventude no semi-árido”. Este é o tema do Relatório Anual do MOC, apresentado hoje à sociedade e que revela os resultados e os desafios das ações desenvolvidas pelos programas que constituem a entidade.

A abertura do evento foi marcada pela apresentação de crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) de Feira de Santana, que através de brincadeiras, embaladas com muita música, reforçaram a importância de garantir os direitos da criança e do adolescente.

Direitos que nem sempre foram vistos como prioridade para o MOC e entidades que atuam no semi-árido. Naidson Baptista, Secretário Executivo, relembrou que há 12 anos atrás falar em direitos da criança e do adolescente causava brigas. Acreditava-se que lutar pelo acesso à terra, à água, ao crédito, já estariam garantindo benefícios para a infância e juventude. No entanto, era preciso fazer mais. A entrada do MOC no PETI mudou o Programa e as ações da instituição.

“A garantia dos direitos da criança e do adolescente é o resultado de uma construção, do trabalho de monitores do PETI, educadores do CAT e do Baú de Leitura”, afirmou Naidson Baptista, que ressaltou a necessidade de dar continuidade ao PETI e de lutar para que este programa possa ser transformado em política de infância e juventude.

Para Fagner Moreira, criança do PETI de Nova Fátima, a educação continua sendo o melhor caminho para a garantia destes direitos. Ele disse que através do PETI passou a compreender que as crianças têm direitos que vão além de brincar e de ir à escola. Hoje, com ajuda de monitores e educadores do município, o pequeno garoto tem participado de espaços importantes como a Conferência Estadual de Criança e Adolescente, realizada o ano passado. “Educação é a base para a garantia dos direitos da criança e do adolescente. Antes, somente adultos ocupavam espaços de decisão, hoje as crianças opinam e falam sobre seus direitos. Nós crianças somos o presente de hoje e o futuro de amanhã”.

Na apresentação dos meninos e meninas de Lagoa Grande, comunidade do município de Retirolândia, os funcionários do MOC e parceiros que estiveram presentes no evento, puderam perceber que vale à pena investir na criança e no adolescente do semi-árido. São crianças que trabalhavam no campo e que através da educação tiveram suas vidas transformadas. Exemplo disso é o garoto Breno Santiago que através do PETI descobriu o encanto da leitura.

Josivaldo dos Anjos, jovem do município de Antônio Cardoso, é um exemplo de que não é necessário ir para as grandes cidades em busca de melhores perspectivas. O trabalho que o Coletivo Regional Juventude e Participação Social (CRJPC) tem desenvolvido nos Territórios Bacia do Jacuípe, Portal do Sertão e Sisal, mostra que a “terra prometida está aqui”. Foi através do CRJPC que Josivaldo se tornou Secretário de Agricultura do município. “O MOC contribuiu muito para que hoje eu me tornasse quem sou, realizando capacitações sobre como os jovens podem se fortalecer e ocupar seus espaços”.

Em breve você poderá acessar o arquivo do relatório em nosso site e conferir o resultado destas e de outras ações que contribuem com um sertão justo.