Beiju alimenta e gera renda em Conceição do Coité

25/07/2007

(Agência Mandacaru)

O popular beiju sempre foi produzido nas casas de farinha em época de farinhada e servido com café, mas, agora também chegou às feiras-livres e às praças de alimentação de Conceição do Coité. Feito a hora, o beiju, pode ser recheado ao modo do cliente que acompanha de perto a montagem desse bolo tradicional que hoje é mais vendido em Coité do que qualquer sanduíche. Além dos diversos sabores, o preço também é acessível custando no máximo R$ 1,00, dependendo do recheio.

Outra novidade é que cerca de 200 produtores de beiju de Conceição do Coité estão vendendo seus produtos diretamente para a Companhia Nacional de Alimentos (CONAB), através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com a superintende da CONAB na Bahia, Rose Pondé, ainiciativa é uma das ações do Fome Zero, cujo objetivo é garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade ecessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

O PAA adquire alimentos com isenção de licitação, por preços de referência que não podem ser superiores nem inferiores aos praticados os mercados regionais, até o limite de R$ 3.500,00 ao ano por agricultor familiar que se enquadre no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), exceto na modalidade incentivo à Produção e Consumo do Leite, cujo limite é semestral.

Diminuindo a Insegurança Alimentar - Para Edivaldo Andrade, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Coité, a compra do beiju surgiu em uma parceria de organizações da sociedade civil com os governos. Para ele ainda é preciso investir em outros derivados da mandioca, mas já comemora o primeiro passo desta caminhada. No dia 13 de julho, na primeira etapa do programa no município, as “beijuzeiras” entregaram mais de sete mil pacotes de beiju e quase mil quilos de farinha de tapioca.

Os alimentos adquiridos pela CONAB através deste incentivo foram destinados às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, atendidas por programas sociais locais e demais cidadãos em situação de risco alimentar. Os principais consumidores desta etapa foram estudantes de escolas municipais e as crianças das creches do município.


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