Um ano de Mãos que Trabalham

12/06/2007

Para identificar os resultados do Projeto Mãos que Trabalham e avaliar a expectativa das mulheres em relação à renovação do projeto por mais um ano, estão sendo realizados Seminários Municipais de Avaliação em 10 municípios das regiões do Sisal e Feira de Santana. O próximo encontro acontece no dia 15 de junho, em Teofilândia e faz parte das rodadas preparatórias para o Seminário Regional de Avaliação, que será realizado no dia 27 de junho, na Pousada Central, em Feira de Santana.  

O seminário conta com a participação dos grupos de mulheres produtoras da região, Rede de Produtoras da Bahia e Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR). O projeto criado em 2006 para contribuir na autonomia e independência financeira de trabalhadoras rurais, tem patrocínio da Petrobrás e capacita 25 grupos dentro dos princípios da economia solidária para que se tornem alternativas sustentáveis de trabalho e renda, beneficiando a transformação qualificada na vida das mulheres envolvidas.  

Andréa Santos, jovem monitora do projeto, destaca como resultado principal do Mãos que Trabalham a valorização das mulheres como artesãs. “As produtoras tendo sua auto-estima elevada potencializam seu trabalho e se sentem alegres em estarem produzindo o que gostam”. Andréa afirma também que com o projeto as jovens estão mais envolvidas nos centros de discussão política, fortalecendo os grupos de mulheres.  

De acordo com Célia Firmo, coordenadora pedagógica do MOC, a importância do seminário não está direcionada apenas para avaliação dos pontos positivos e negativos do projeto. “O fator mais relevante durante o encontro é a participação das mulheres. Elas mostram suas experiências e podem identificar os resultados do projeto em suas vidas. A partir dessa troca vão ser construídas as novas propostas que irão prevalecer por mais um ano”, afirma Célia.

Aprendizado e crescimento – Para Patrícia Nascimento, coordenadora da Rede de Produtoras da Bahia, com a organização dos grupos, as mulheres garantiram seu espaço no mercado, gerando renda e conhecimento a respeito de suas atividades. “A autonomia financeira alcançada pelas produtoras aumentou sua auto-estima e fortaleceu os grupos, pois esses já eram formados, mas faltava incentivo financeiro e humano para realização de um trabalho mais amplo”, ressalta.

Os grupos de mulheres começaram a planejar melhor sua produção com o acompanhamento direto dos empreendimentos econômicos solidários por 20 jovens monitoras. “Antes desse projeto de gênero, as mulheres produziam isoladamente, o que dificultava a venda de seus produtos”, destaca Célia.

Para facilitar a comercialização dos produtos foi criada em 2006 a Cooperativa da Rede de Mulheres Produtoras da Bahia (Cooperede) e são realizadas constantemente feiras nos municípios da região, promovidas pelo Mãos que Trabalham, aumentando a visibilidade dos trabalhos das mulheres.

 

O destaque este ano no projeto é a estruturação de lojas e restaurantes da Rede de Produtoras nos municípios da Região Sisaleira e em Feira de Santana. A primeira loja será inaugurada em Santa Bárbara, voltada para a venda de artesanato e alimentação.

 


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