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No "Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação" professores e profissionais da educação e meio ambiente do Brasil, estão construindo as bases do Programa de Capacitação a Distância para Educação Contextualizada nas Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD). Um seminário realizado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) na Paraíba deu o ponta pé inicial ao projeto. O MOC participou apresentando suas ações de educomunicação.

Retirolândia, município que apresenta um dos melhores Índices de Desenvolvimento Infantil (IDI), não prioriza o atendimento às crianças no Hospital Municipal. E o Conselho Tutelar recém criado não dispõe de estrutura para o seu próprio funcionamento. Em Feira de Santana, entidades do movimento social dos Territórios do Sisal e Bacia do Jacuípe encontraram-se para debater formas de atuação mais articulada na promoção e garantia dos direitos de meninos e meninas do sertão baiano. O fortalecimento dos conselhos e a criação de projetos experimentais são algumas das prioridades das organizações.

Estiagem, seca, fome e sede sempre marcam os noticiários de jornais, rádios e TV quando o assunto é sertão. Mas na Semana da Água de 20 a 27 de março de 2006, a população da Região Sisaleira quer mostrar que está atenta para a criação de alternativas de convivência com o semi-árido e políticas públicas que garantam a sobrevivencia na região. Movimentos sociais em parceria com o MOC estão mobilizados e irão realizar eventos que possam discutir e mostrar as várias experiências que vem fazendo do sertão um lugar melhor de se viver.

O Dia Internacional da Mulher é de luta e reivindicações. A trabalhadora rural Francisca Souza de Aquino reivindicou a sua aposentadoria por idade durante a caminhada das mulheres, em Feira de Santana. Ela já solicitou o beneficio à Previdência Social e teve o direito negado. Agora o Sindicato dos Trabalhadores Rurais entrou com um recurso e com as provas de que a trabalhadora, de 57 anos, já trabalhou mais que o dobro exigido pela lei, que é 15 anos de serviço na zona rural.

As mulheres do sertão estão colocando a mão na massa de cimento, construindo cisternas para captação de água da chuva. Uma experiência desenvolvida pelo Programa de Água e Segurança Alimentar do MOC está capacitando 34 mulheres trabalhadoras rurais para atuarem como pedreiras em três municípios da Região Sisaleira da Bahia.

Desenvolvido pelo MOC em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Secretarias Municipais de Educação, o Projeto Conhecer, Analisar e Transformar (CAT) tem mudado a realidade da Educação do Campo nos municípios da Região Sisaleira, onde atua. Com uma metodologia simples, na qual o objetivo é modificar a realidade do campo e contribuir para o desenvolvimento sustentável da comunidade e do município, cria com as chamadas "devoluções" momentos intensos de conscientização e mobilização.

"Aboios e Toadas do Sisal" é o nome do CD de Juninho Aboiador, como é conhecido Cosme Pereira de Oliveira Junior. Nascido no povoado de Ipueirinha, em Conceição do Coité, Juninho possui apenas 12 anos de idade, mas já tem encantado a Região Sisaleira da Bahia, aboiando, cantando e fazendo versos ecoarem pelo Sertão em grandes eventos realizados pelos movimentos sociais e em programas nas rádios comunitárias.

Mesmo sendo uma região que se caracteriza pelo acesso restrito de sua população aos direitos básicos, o município de Retirolândia conseguiu melhorar de maneira signficante as condições de vida das suas crianças entre 1999 e 2004. Na outra ponta, Monte Santo, município localizado na mesma região, apresenta dados preocupantes e está entre os piores de todo o País. É isso que revela uma leitura regional dos dados publicados no relatório Situação da Infância Brasileira 2006 do Unicef que traz um quadro completo das condições de vida das crianças com menos de seis anos no Brasil.