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Conferência Estadual debate direitos de Crianças e Adolescentes
05/11/2015
Soluções para assuntos como
violência, trabalho
infantil e pedofilia na Bahia foram discutidas, na tarde desse 04 de novembro,
no Hotel Sol Bahia, localizado no bairro de Patamares, em Salvador, no segundo
dia da IX Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. O
encontro que encerra hoje (05) foi iniciado na terça (3). Na abertura oficial,
três adolescentes falaram em nome do semento, colocando-se firmemente contra a
redução da maioridade penal e contra a agenda conservadora do Congresso
Nacional.
Representantes do Ministério
Público (MP-BA), secretarias estaduais e municipais de algumas cidades baianas,
juntamente com a Defensoria Pública do Estado, se reuniram com diversas
organizações da sociedade civil e com cerca de 650 delegados eleitos em
conferências territoriais, realizadas ao longo do ano, para a elaboração
propostas que servirão de base para a construção do Plano Decenal dos Diretos
Humanos de Crianças e Adolescentes. O evento tem a representação do Movimento
de Organização Comunitária (MOC) através de Vera Carneiro, coordenadora do seu
Programa de Educação do Campo Contextualizada e membro do Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e do Adolescente (CECA). "Depois de muita luta, contra retrocessos nos direitos humanos, conseguimos avançar nas propostas", ressalta Vera.
O adolescente Luiz Fernando
Vieira, de Vitória da Conquista, convocou os delegados a focarem nas questões
prioritárias nos debates: “nós delegados representamos não somente os nossos
desejos e vontades, representamos os desejos de muitas outras pessoas. Isso é
muita responsabilidade. Precisamos centrar as discussões nas questões
essenciais e não deixar que as diferenças menores nos façam desviar”, disse.
Trinta e
oito adolescentes, com idade entre 12 e 17 anos, participam da Conferência e
expõem o que precisam para viver com dignidade. Eles formam o G-38, uma equipe
integrada por representantes dos 27 estados brasileiros e 11 participantes de
grupos sociais de quilombolas, negros, crianças em situação de rua, LGBT, entre
outros, para debater questões plurais do convívio em sociedade.
“Esta conferência avalia possibilidades para
construirmos uma estratégia de proteção das crianças e adolescentes para serem
desenvolvidas nos próximos dez anos”, explica o presidente do Conselho Estadual
dos Direitos da Criança e do Adolescente (CECA), Edmundo Kroger.
Realizado pela Secretaria de
Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), em parceria com o CECA,
o evento continua até esta quinta (5). Ao final das discussões, um documento
vai ser elaborado – assim como ocorre nos outros estados – para ser apresentado
e discutido na X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
em Brasília, no primeiro semestre de 2016, quando o Plano Decenal será
concluído.
A conferência estadual é um evento que se repete a cada três anos para discutir questões ligadas à assistência ao público infanto-juvenil. Nesta edição, serão eleitos os 39 delegados que irão representar a Bahia no evento nacional.
Por:
Maria José Esteves
Programa de Comunicação do MOC
Com informações da Secom
Foto: Vera Carneiro