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MOC participou de reunião ampliada da RESAB
30/11/2018
Aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro, em Feira de Santana, na
Pousada Central, uma reunião ampliada da Executiva
Nacional da Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB), que
trabalha articulando a Educação para a Convivência com o Semiárido Brasileiro, sendo
constituída por organizações que trabalham com essa Educação diferenciada para
o Semiárido. O Movimento de Organização Comunitária (MOC) faz parte dessa rede
e na reunião o
MOC foi representado através da técnica do Programa de Educação do Campo
Contextualizada, Ana Paula.
O evento contou com a participação dos Estados da Bahia, Piauí, Alagoas, Ceará,
Paraíba, Pernambuco e Sergipe, e com a participação de entidades do
Semiárido Brasileiro, dando inicio com apresentação e debate
sobre Educação Contextualizada: realizações e perspectivas para a RESAB e
seguiu com mesas temáticas sobre importância do fortalecimento e
atuação em rede das organizações que atuam no Semiárido, principalmente com a
Educação do Campo Contextualizada.
A reunião trouxe reflexões acerca do Projeto Pedagógico da RESAB com os
debatedores Adelaide/CPT e Pinzoh/UNEB. Também aconteceu uma mesa temática
sobre a análise da Conjuntura Atual: Desafios para a Convivência com o
Semiárido e a Educação Contextualizada no Cenário de perdas e retrocesso das
Políticas Públicas, com a palestra de Neidisson Baptista/MOC e Alexandre
Eduardo/ UFPB.
Na palestra sobre atual conjuntura, Neidisson relatou sobre os retrocessos que estão acontecendo no país, os cortes
de conquistas, direitos sobre a Educação e trouxe palavras de esperança
para todos os presentes. ”Precisamos ter mais esperança, levar
esperança e a história vai ajudar a gente. O Brasil já viveu coisas semelhantes
ou até piores e saiu dessas situações, infelizmente voltou, mas já saiu. E a
gente tem o papel de liderança, então uma palavra da gente de esperança na
comunidade de agricultores, uma palavra da gente em um espaço público e nós
temos a oportunidade de fazer a diferença’’, frisou Neidisson Baptista.
Durante a reunião, ainda criaram estratégias para combater todo o
retrocesso na área de educação e principalmente se pensar numa linha de ação
comum com todas as organizações para avançar numa educação de qualidade e bem
como a definição de estratégias e ações diante da situação atual da política brasileira.
“ A gente teve um dia
muito produtivo aqui em Feira de Santana, discutindo sobre as estratégias da educação
para convivência com o Semiárido, fazendo essas reflexões sobre como os
processos de educação podem contribuir para que cada vez mais as pessoas do Semiárido
tenham autonomia dentro dos processos produtivos, dentro do processo de
escolarização, compreendendo os conteúdos que sejam significativos para a sua
vida, aprendendo aquilo que realmente interessa para as pessoas que vivem no Semiárido,
com mais qualidade de vida, utilizando melhor as tecnologias e desenvolver os
produtos que elas precisam no seu dia-a-dia e que valoriza a identidade do
nosso povo”, ressaltou Alexandre Eduardo.
A RESAB
A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB) é um espaço de
articulação política regional da sociedade organizada, congregando
educadores/as e instituições Governamentais e Não-Governamentais, que atuam na
área de Educação no Semiárido Brasileiro, que busca contribuir para a
implementação de ações integradas de educação, fortalecendo inserções de
natureza política, técnica e organizacional, demandadas das entidades que atuam
no nível local apoiando a difusão de métodos, técnicas e procedimentos que
contribuam para uma Educação para a Convivência com o Semiárido.
A RESAB se propõe a sensibilizar a sociedade civil, os setores públicos,
os formadores de opinião e os responsáveis políticos para uma ação educacional
articulada em prol do desenvolvimento sustentável, dando visibilidade às
potencialidades do Semiárido.
A entidade busca ainda contribuir para a formulação de políticas estruturadoras para o desenvolvimento do Semiárido a partir da intervenção no campo educacional, bem como monitorar a execução das políticas públicas nesta área.
Por Alan Suzarte
Programa de Comunicação do MOC.