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Intercâmbio com troca de saberes entre crianças e adolescentes fortalece a Educação do Campo Contextualizada
25/05/2018
#MOC_PorumSertaoJusto
“Primeiramente, devemos
educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginastica”, disse Plantão. Um
dia marcado de encantos, sorrisos, alegrias, misturado com músicas,
dinâmicas, pinturas, brincadeiras, fazeres e saberes de crianças e adolescentes
foi esse dia 24 de maio, que com o tema: “Os Sons do Semiárido” embasou o IX
Intercâmbio e Troca de Saberes com crianças e adolescentes dos municípios, que
trabalham com a Educação do Campo Contextualizada, com a metodologia do projeto
Conhecer, Analisar e Transformar (CAT) e Baú de Leitura, desenvolvido pelo
Movimento de Organização Comunitária (MOC), em parceiras com a Universidade Estadual
de Feira de Santana (UEFS), secretarias municipais, como movimentos sociais e
sindicais.
O encontro foi
realizado pelo MOC através do Programa de Educação do Campo Contextualizada (PECONTE),
que intercambiou conhecimentos produzidos e avaliou as múltiplas aprendizagens
das crianças e adolescentes de escolas do campo, que desenvolvem a Educação do
Campo Contextualizada e Educomunicação, direcionando com a troca e interação de
realidades/municípios diferentes, avaliando como a metodologia da Educação do
Campo se desenvolve, bem como a proporcionou a construção de momentos musicais
e ainda confecção dos instrumentos, a partir de matérias recicláveis e
elementos que caracterizam o Semiárido.
“Estamos no nono
intercâmbio de troca de saberes, entre crianças e adolescentes do Semiárido
baiano, a partir das ações realizadas em Educação Contextualizadas junto ao
CAT/Baú de Leitura, nos nossos vinte e um municípios de atuação, objetivando a realizar
essa troca de experiências entre as crianças, com apresentações dos municípios,
com essa integração entre meninos e meninas, com muita ludicidade, mas também
aproveitamos esse momento para realizar uma avaliação contextualizada com as
crianças, para perceber como está o aprendizado dessa Educação Contextualizada,
que dialoga com a grade curricular, mas tudo de uma forma muito lúdica,
prazerosa, de forma que todo mundo possa participar, que as crianças sejam
realmente protagonistas desse momento”, enfatizou Ana Paula (técnica
PECONTE/MOC).
A professora psicopedagoga Dilma Souza
contribuiu com a primeira roda de danças, músicas e integrações, que
proporcionaram divertidos e reflexivos momentos, colocando as crianças e adolescentes,
assim como professores/as e coordenadores, entre outros participantes para
dança, cantar e pensar, qual o meu sonho na minha escola, na minha comunidade,
no meu Semiárido “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas
sonho que se sonha junto é realidade”.
“Eu trabalho desde 1999,
com essa Educação Contextualizada, a qual me dar muito prazer e acho muito
importante esse momento que o MOC proporciona, dessa troca de saberes, desse
intercâmbio, dessas crianças, de reunir os municípios para assim acontecer essa
troca, assim a gente traz um pouquinho da nossa comunidade e aqui acontece a
troca de saberes”, ressaltou Jucelina Andrade (Coordenadora do CAT do município
de Quijingue).
Entre um momento e
outro, os municípios foram apresentando os resultados da Educação do Campo Contextualizada
nas escolas do campo, com fotos, relatos, quadros, apresentações culturais e
lúdicas, com contação de histórias, como ainda muito brilho no olhar e amor nos
gestos e palavras, que traziam com êxito o trabalho que essa metodologia leva
para a vida das comunidades, principalmente nas crianças e adolescentes. “Esse
intercambio é muito legal, a gente aprende muito, perde a vergonha de falar e
conhece muita gente”, disse o garoto Gabriel Carvalho de Retirolândia.
Na parte da tarde uma Roda
de Capoeira com Educadores da Comunidade de Ipuaçu animou mais ainda a
criançada e demais pessoas presentes, seguindo para o momento mais esperando, a
Oficina de construção de instrumentos musicais com materiais recicláveis e
produção dos sons do Semiárido, com o professor Sandro Silva, que encantou com
a habilidade de produção sonora e artística, que ajuda na crença que Semiárido
é terra de gente bonita, inteligente, alegre, feliz e dotada de ricas
possibilidades.
Depoimentos como o da
professora Cantarina Gomes do município de Cansanção, que fiz ser apaixonada
pelo Baú de Leitura, leva mais certeza que essa Educação transforma vidas em um
Sertão mais Justo. “Pra mim o Baú é muito importante tanto para o educador
quanto para criança, esse intercâmbio é a prova disso tudo, é a junção de
trabalhos, a gente ver as crianças apresentando, as crianças interagindo com
outras crianças, essa junção entre os municípios isso é maravilhoso, o contato
com pessoas novas e isso só vem a crescer e eu não quero sair do Baú nunca
mais, apaixonada pelo projeto”, comentou Cantarina Souza.
Por: Alan Suzart e Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC