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Mulheres se reúnem em oficina intermunicipal
25/04/2018
Mulheres, jovens e
meninas participaram hoje, 25, da oficina intermunicipal sobre a relação de
gênero e desigualdades, questão racial e a violação dos direitos das mulheres e
meninas negras. O Programa de Gênero (PGEN) do Movimento de Organização
Comunitária – MOC, realizou a atividade, através do Projeto Parceiros por um Sertão Justo em parceria com a ACTIONAID, no SINTRAF de Conceição do Coité.
A atividade contou com
a participação de mulheres dos município de Riachão do Jacuípe, Nova Fátima,
Conceição do Coité, Retirolândia, Ichu, Serrinha, Teofilândia, Santaluz, Araci
e Quijingue.
A proposta da oficina foi
para contribuir com a formação, engajamento político de meninas e mulheres
jovens de modo que interfiram nos espaços de controle social das políticas
públicas para as mulheres na região semiárida da Bahia.
A coordenadora do PGEN,
Selma Glória, reforça a importância da oficina para os espaços onde elas estão
diariamente. “A gente tem a pretensão de que essa oficina possa contribuir para
a afirmação das meninas, tanto da identidade quanto do ser mulher enquanto
sujeito de direito na sociedade e que dessa forma elas também possam fazer
intervenção nos espaços e municípios onde elas residem”.
As jovens fizeram discursos emponderados diante das construções socioculturais do feminismo e do masculino no contexto local, regional
além do contexto em que meninas e mulheres negras vivem diante das múltiplas
facetas das desigualdades.
Maria Taislane, do
município de Conceição do Coité, fez questões reflexivas sobre como as mulheres
vivem mesmo estando numa sociedade moderna. “Porque o homem tem a liberdade de
sair, de jogar bola, de não lavar prato, de não varrer a casa e a mulher tem
que fazer isso? Porque diante de tantas histórias, tantas lutas, de uma
sociedade moderna ainda não é aceita? A gente ainda tem que estar buscando o
tempo todo lutar por esses espaços, que são nossos, mas não o tempo todo a
mulher tem que estar mostrando que ela tem capacidade de fazer e ser aceita. A
gente não precisa provar nada para ninguém”.
Rafaele Brito, do município
de Ichu, ressalta que “acha muito gratificante poder estar participando do
movimento, principalmente, de jovens mulheres porque acredito que possamos
estar nos unindo em outros lugares levar um pouco de encorajamento”.
Os temas debatidos pelo
PGEN tem tido inúmeras relevâncias para formação das jovens mulheres. Segundo a
jovem Gabriela Peixoto, 16 anos, do município de Nova Fátima,a firma que “a gente necessita tanto debater, falar e não é tão falado,
então quando a gente acha a possibilidade é importante discutir”.
Mediante as ações da
oficina foram discutidas as questões de discriminação, identidade, racismo, ser
mulher negra além de trazer estratégias e possibilidades de superação as
desigualdades de gênero e raça na sociedade.
Contribuir
para que mulheres nas áreas rurais e periurbanas estejam empoderadas
sociopolítico, econômica e culturalmente avançando com suas famílias,
comunidades e organizações na construção de relações justas e solidárias na
perspectiva da promoção da igualdade e equidade de gênero é o objetivo principal
do Programa de Gênero do MOC.
Fortalecer
os diálogos e o conhecimento dos direitos das mulheres são partes essenciais
para o desenvolvimento de políticas de igualdade e equidade de gênero.
Por Kívia Carneiro
Comunicóloga
Programa de Comunicação
do MOC