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  O Programa de Gênero (PGEN) do Movimento de Organização Comunitária (MOC), realizou na manhã de hoje, 4 de julho, a oficina territorial sobre gestão das organizações de mulheres e participação social. A oficina aconteceu no SINTARF de Conceição do Coité e contou com a participação de mulheres agricultoras, produtoras rurais, liderança política, associativistas e das organizações sociais.

  O objetivo da oficina foi refletir sobre as relações sociais de gênero no processo de gestão das organizações de mulheres e mistas de modo que possa contribuir para o fortalecimento da autonomia e participação ativa das mulheres na proposição, acesso e controle social das políticas públicas para a garantia dos seus direitos.

  Durante todo o período, cerca de 40 mulheres, os município de Araci, Quijingue, Ichu, Conceição do Coité, Nova Fátima, Serrinha, Santaluz e Teofilândia compreenderam como as relações de gênero estão estruturadas no contexto organizacional e os impactos na vida das mulheres, além de discutir a sub-representação, desafios e potencialidades para garantia de direitos e superação das desigualdades.

  Para a vereadora Lúcia Maria Carneiro, do município de Ichu, as atividades realizadas pelo MOC promove a inclusão das mais variadas pessoas na luta de seus direitos. Segundo ela, falar de gestão de não inserir as mulheres é tornar mais desigual as questões de gênero. “O MOC sempre desenvolve, com toda competência, o que é mais essencial em nós: não perder a vontade de lutar por nossos direitos, e diante do tema ele acorda mulheres adormecidas, ele se preocupa com a organização social e não deixa de colocar a mulher no seu devido lugar”. A vereadora reforça, “a gente sabe que a mulher tem que estar sempre em pé de igualdade com os homens, ninguém quer ser melhor, a gente quer é ser igual, que o nosso tratamento seja igual, que a gente seja respeitada especialmente nos espaços de poder para que tenhamos voz e vez”, enfatiza.

  Maria da Consagração, da comunidade de Bandeira, Araci, citou que esses momentos agregam muito conhecimentos. Ela que é diretora da associação reforça a sua participação de forma importante para as mulheres. “Nós precisamos diariamente estar presente em cada momento de decisão. Não é fácil ser mulher quando se tem machismo e a cultura das pessoas, então a luta precisa continuar, ela é diária. E cada encontro com as mulheres de vários municípios é mais uma bagagem para compartilhar com as companheiras e continuar seguindo a luta pela desigualdade.

  O MOC prioriza ações no campo da incidência em políticas públicas, participação social, relações sociais de gênero com o intuito de fortalecer e contribuir a garantia de direitos de todas as mulheres do Semiárido.

  A oficina teve a parceira da ACTIONAID que assim como MOC, atua para fortalecer os direitos das mulheres, apoiando projetos de capacitação, geração de renda como foco na autonomia feminina, combate a violência e formação política. 

Por Kívia Carneiro
Comunicóloga
Program,a de Comunicação do MOC