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MOC participou do IV Encontro Nacional de Agroecologia com a Caravana da Bahia
07/06/2018
#MOC_PorumSertaoJusto
"É
o ENA de novo. A democracia é o grito do Povo". Seguindo a luta diária por
um mundo mais justo e democrático, que Movimento de Organização Comunitária
(MOC) vivenciou e participou entre os dias 31 de maio e 03 de junho, do IV
Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), em Belo Horizonte/MG, fazendo parte da
Caravana da Bahia, embasados com o lema Agroecologia e Democracia Unindo Campo
e Cidade, através de militantes que resistem, insistem e persistem na
transformação e protagonismo do sujeito com acesso as políticas públicas como
direito, com base na agroecologia que vai além de um processo de produção, mas
viabiliza os sentidos respeitosos de igualdade, direitos, liberdade e
sustentabilidade dos povos.
Por
isso, que o ENA propôs nessa 4ª edição intensificar sua ampla programação, na
reflexão e construção desse processo agroecológico e democrático na união do
campo e cidade, ambos fundamentas para o desenvolvimento sustentável da nação.
E levou através de oficinas, plenárias, seminários, exposição de produtos e
demais atividades a reflexão e constituição de estratégias para fortalecer a
luta de: Terra e Território, Juventude, Feminismo, Comunicação e Cultura, seguindo
o modelo de vida agroecológica, que traz um outro olhar, contrapondo o
capitalismo que retira direitos, sonhos e dignidade da população.
Objetivando
mostrar para a sociedade as experiências do campo e da cidade, apresentando os
benefícios da agroecologia, na produção de alimentos saudáveis, florestas, águas, democratização do uso da terra, valorização das identidades e das
culturas representadas pela diversidade dos sujeitos, bem como manifestar
posicionamento crítico e denunciar o desmonte das políticas públicas e violação
dos direitos, como ainda estreitar laços e ampliar alianças do movimento
agroecológico com redes, fóruns e movimentos sociais, que interagem com a
perspectiva agroecológica, afirmando valores para a vida das mulheres, contra o
machismo e o patriarcado, em favor dos direitos das juventudes, contra o
racismo e o etnocídio.
Aprofundando
também o debate sobre os sentidos estratégico e político da comunicação e da cultura,
e afirmando como direitos sem os quais a democracia é ameaçada pela
impossibilidade da multiplicidade de vozes e a agroecologia não alcança na
plenitude o seu potencial transformador.
Terra e Território
A
Luta por terra e território, historicamente sempre foi grande, pois a
concentração nas mãos de poucos, enquanto a maioria passa por falta de chão para viver e
produzir seu sustento. Dentro do IV ENA várias experiências de conquistas e
desafios encontrados nos diferentes estados do país.
A
técnica do MOC Tainá Lima participou da tenda que apresentaou as
experiências a do Polo da Borborema da Paraíba e do Sertão do São Francisco do
Pernambuco, conhecimentos das bandas nordestina abordando as dificuldades,
desafios e conquistas dos territórios, compartilhando como vem sendo a
organização das mulheres, dos agricultores/as para conseguir garantir seus
espaços e direitos.
“Na
experiência da Borborema colocaram em questão a formação dos grupos de
mulheres, dos eventos que são realizados que reúnem várias mulheres nas marchas
que elas fazem no território de Borborema, trouxe toda a organização, toda a
exposição de como começou, na questão de reunir algumas mulheres e alguns homens. Outra questão que também colocaram, foi que tem um olhar diferenciado
para juventude, dentro do território tem também esse trabalho de juventude,
trabalho das mulheres e dos agricultores e agricultoras”, frisou Taina Lima
Juventude que Ousa
Lutar constroi o Poder Popular
“A
diversificação das culturas dessas diferentes regiões brasileiras contribuem
para novas experiências que implementam o desenvolvimento agroecológico do país
incluído a juventude nos novos projetos do campo e da cidade, fortalecendo a
democracia no meio político. Com estes grandes momentos de formação serão
beneficiados todas as regiões, estados, biomas e territórios brasileiros em
destaque o estado da Bahia que teve uma grande delegação de jovens
participantes do ENA”, expressou o jovem Marcelo Silva de Serra
Preta/Território Bacia do Jacuípe, acompanhado pelo MOC.
A
juventude tem um papel fundamental no processo de reconstrução do país de forma
democrática e popular, que o povo realmente tenha vezes, vozes e direitos de viver bem,
mas são muitos os desafios para dar continuidade as ações juvenis de ocupar
espaços e conquistar oportunidade de viver bem em suas rizes, por isso, os
jovens pautaram a necessidade de organização e ocupação de espaços sociais e
políticos da juventude baiana comparada a experiências de outros estados
presentes no ENA.
“O
IV ENA foi uma experiência incrível, entre as diversas temáticas trabalhadas a
gente focou mais na Juventude, por ter um objetivo de criar uma rede de
Juventude da Bahia (...). Na planária da Juventude do segundo dia a gente
discutiu as questões de espaços da juventude, o quanto é importante essas conquistar de garantir oportunidades e espaços para sua própria autonomia no
campo ou nos lugares que escolherem viver”, expressou Erivanilson Oliveira técnico
do MOC.
Sem Feminismo Não Há
Agroecologia
Para
Ádila da Mata técnica do Programa de Gênero do MOC, nesse ENA ficou muito explícito,
que as mulheres realmente ocuparam espaço, desde do início do ENA, com abertura da plenária das mulheres, isso foi um ponto muito forte, está abrindo o IV ENA
com plenária das mulheres. Nas tendas foram trazidas muita troca de
experiência, o como surgiu a frase "Sem Feminismo não há agroecologia", que foi
uma junção das pautas do feminismo e agroecologia, onde as mulheres perceberam
através da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que estavma sendo
discutidos os temas que eram únicos, que
se uniam se complementavam então foi daí
que surgiu esse GET (Grupo de Trabalho) e também essa discussão de que sem feminismo não há
agroecologia que foi uma frase criada para fortalecer cada vez mais as lutas
das mulheres, que foi percebido, as mulheres já faziam esse processo agroecológico,
porém como sempre foi invisibilidade e através dessa frase só foi fortalecendo
os estados, os municípios, que sem realmente o feminismo não há essa
agroecologia, que as mulheres começaram esse processo e estão dando
continuidade.
“A
plenária, o maior ponto também foi a resistência das mulheres quando elas
trazem do seus estados, as suas
experiências, as suas vivencias, através dos rios e que esses rios vem
desaguando nesse IV ENA, aqui em BH e a partir dessas experiências trazidas na plenária foi se colocando nas tendas
também as experiências que já estão dando certo como a Caderneta Agroecológica
e também a Campanha da Divisão Justa do Trabalho Doméstico, lá as mulheres
trouxeram através do ANA essas experiências que já estão acontecendo em vários
municípios do país, nos vários estados e foi socializado tudo que já está acontecendo e já está dando
certo", completou a técnica Ádila.
Comunicação e Cultura construindo saberes
agroecológico
"Só
se constrói agroecologia com Comunicação Popular". É necessário fortalecer as
conexões entre as lutas de resistência no cenário político atual, bem como é
preciso produzir evidências dos múltiplos impactos positivos da agroecologia e
comunicá-los para a sociedade, por isso é preciso pensar a comunicação e cultura como
práticas cotidiana do povo, que produzem saberes a todo instante, por isso esse
foi mais um ponto importante destacado no IV ENA.
No Seminário de Comunicação e Cultura troca de experiências
e apresentações de saberes de como se constroem agroecologias com os processos artístico de comunicar e
apresentar culturas dos povos. Outro momento marcante foi a junção das
bandeiras vindas de todos os estados com expressões dos povos
pautando como as regiões constroi agroecologia com comunicação e cultura, nascendo
o “bandeirão” de luta da comunicação e cultura, exposto durante o ato público
nas ruas de Belo Horizonte.
“Que
a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza
em nós”. Manoel de Barros.
Caravana
da Bahia rumo ao #IVENA
Óói
a Bahia aêê!!
Ela
vem trazendo,
Ela
vem trazendo,
Ela
vem trazendo O QUÊ?
Vem
trazendo a Agroecologia
Junto
com os Povos da Bahia!
Vem
trazendo a Agroecologia
Junto
com os Povos da Bahia
Traz
o umbu catingueiro!
Colhendo
o cacau do mateiro!
Protetor
das águas cerradeiro!
É
o ENA de Novo, É o ENA de Novo
A
Democracia é o Grito do Povo
#AgroecologiaeDemocracia
#CampoeCidade
#IVENA
Por: Robervânia Cunha
Programa de Comunicação do MOC