A transformação na vida de Iremar e Josilda: cuidando da terra e colhendo pão

09/01/2015

A família de Iremar Araújo Machado e Josilda de Jesus Cunha e seus dois filhos Itamar e Davi ainda pequenos moram na comunidade de Sítio Amargoso que fica a 11km do município de Valente, Bahia. Juntos têm dois filhos Itamar e Davi, levam a vida com muita harmonia, companheirismo e união.  
 
Na vida tudo se transforma, e não foi diferente com a família de Iremar e Josilda. “A gente veio morar aqui desde 2005 depois que meu esposo pegou o motor do pai pra trabalhar. E isso era a semana toda de trabalho e no motor tem que fazer a meta para tirar o dinheiro certo. Hoje ele só vai para o motor só pra terminar o resto de palha de sisal que tem porque depois que a gente adquiriu a cisterna do projeto Mais Água tudo transformou. Depois da cisterna mudou a nossa vida demais a gente planta legumes, hortaliças e verduras aqui no nosso quintal da nossa propriedade e o motor é o extra agora”, fala Josilda.
 
“Hoje depois da cisterna não precisamos comprar nenhuma hortaliça, além do nosso consumo a gente também vende para as cidades de Valente toda sexta e sábado e também na cidade de São Domingos as segundas e graças a Deus tudo que a gente leva vende. As pessoas vem em nossa casa comprar, outras faz encomendas e tem semana que a gente consegue tirar de 150 à 200 reais de coentro, alface, cebolinha, quiabo, rúcula, pimentão, abóbora, então do pouquinho que a gente planta já faz uma boa diferença na nossa vida”, ressalta Josilda muita satisfeita. 
 
Para Iremar, a vida da família ganhou um rumo diferente depois da cisterna de enxurrada. Além de garantir uma vida melhor para a família, junto com a esposa economiza até quando vai irrigar as plantações. É que a cisterna do casal está localizada num lugar mais alto e as plantações ficam numa parte mais baixa do terreno. E é ai que está o segredo. A água desce por gravidade. Não há necessidade de puxar a água com bomba manual ou elétrica. Ele controla a saída da água no reservatório que já fica na parte baixa do terreno fazendo com que melhore ainda mais as técnicas desenvolvidas pela família.
 
“Aqui a gente só precisa molhar em dois em dois dias porque além da horta verão que economiza muito, e a gente usa o regador para molhar, a água não vai cair fora do canteiro e eu não perco nada de água aqui. Eu tenho mais água e a gente cuida melhor da nossa plantação”, acrescenta Iremar. 
 
Segundo Iremar a cisterna tem sido a transformação da família. “A gente começou a produzir aqui tem uns quatro meses depois da cisterna. E tudo que tem aqui é natural sem agrotóxico, aqui a alimentação é saudável e com muito cuidado porque a gente produz pra os outros também. 
A persistência é um forte dessa família que muda todos os dias a imagem do semiárido. Josilda lembra do momento quando iniciaram “logo quando começamos a plantar a gente não sabia muito das coisas por exemplo como usar o adubo necessário, mas foi tentando. A questão de dizer que não dá é por que muitas vezes não tem o conhecimento, por mais que a gente more aqui no semiárido a gente tem que mostrar que aqui a gente também consegue viver e viver bem”. 
 
A vida de muitas pessoas no semiárido baiano tem mudado cada vez mais. A implantação de cisternas de produção tem sido um desenvolvimento não apenas social, mas também promove a economia solidária e a segurança alimentar para toda essa população. E assim como diz o Iremar e Josilda “o conhecimento e a vontade de mudança é o primeiro passo para seguir em sempre em frente, transformando vida, transformando gente”.


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